Deadpool & Wolverine vai além do fanservice e traz interesse ao MCU novamente - Crítica

Um dos filmes mais aguardados do ano, Deadpool & Wolverine surpreende com uma entrada e tanto no Universo Cinematográfico da Marvel. Após um hiato de 6 anos desde o lançamento do segundo filme da franquia do mercenário mascarado, Deadpool 3 chega aos cinemas mostrando toda a empolgação de Ryan Reynolds em, finalmente, trazer o personagem aos estúdios Disney.

Com muito humor e cenas de ação, o Deadpool de Reynolds não decepciona quando o assunto é parodiar a ideia do ‘ser herói’ e rir de si mesmo — fato que ocorre em 90% das piadas do roteiro, em diálogos que, quando não tiram sarro dos atores, focam os estúdios. Mas, isso não é novidade: o humor pesado, satírico e as quebras da quarta parede presentes em todos os filmes do anti-herói podem até cansar o telespectador desavisado. Porém, estamos falando de um público que sabe pelo que espera, e esperou muito por isso.

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Um dos grandes trunfos do longa é a adição de Hugh Jackman ao elenco. Sete anos após interpretar Logan pela última vez, o ator retorna ao papel em sua melhor forma e com tudo o que esperamos de Wolverine: um humor carrancudo e soturno aliado a lutas bem coreografadas em cenas de ação empolgantes.

Atuação da dupla surpreende

A dinâmica entre o mutante e Deadpool é um dos pontos altos do enredo. A personalidade desbocada, tagarela, assassina e, até mesmo, sexualizada, de Pool quando posta ao lado do impaciente e independente Wolverine tem tudo para gerar diálogos divertidíssimos e cenas de luta que dão gosto de assistir. Nesse caso, difícil escolher um lado por quem torcer e quando os personagens decidem “se estranhar” você torce mesmo é pela luta!

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Inclusive, as cenas de luta corpo a corpo são as que mais empolgam na trama. Quando, por exemplo, após uma discussão acalorada dentro de um Honda Odyssey, Deadpool anuncia que vai socar a cara de Wolverine, não era piada. As coreografias, vidros e membros quebrados e a trilha sonora fazem toda a diferença na composição da cena, mostrando todo o potencial dos dois personagens e fazendo o expectador vibrar a cada soco dado.

A intencionalidade da trama não apresenta grandes novidades em relação aos filmes anteriores e gira em torno da tentativa de Deadpool reconquistar o amor de sua, agora, ex-namorada. Para isso, precisa provar, quase que para si mesmo, que pode sim ser um herói. O medo de perder sua família também retorna, com a tentativa de salvar a linha do tempo de seu mundo, ameaçada pela grande vilã Cassandra Nova.

Emma Corrin como antagonista é interessante, mas não é nada revolucionária. Conferir a atriz em um personagem tão distante das que costuma interpretar, mostra a versatilidade da jovem, mas não entrega o peso e a profundidade esperada para uma vilã que se espera ser sombria. Aqui, o atropelo por explicar o passado de Nova, sua relação com o universo dos X-Men e intencionalidade deixaram a personagem como apenas apetrecho para o enredo.

Entrada no MCU

Em sentido oposto, o filme costura muito bem a inclusão dos personagens título ao MCU. O uso do multiverso da Marvel e das questões com mudanças temporais foram muito bem utilizadas para explicar a saída de Deadpool da FX para o universo da Disney. Aliás, não somente o dele como de outros personagens. Aqui, o fan service foi muito bem servido com aparições de personagens de outras franquias de heróis dos anos 2000.

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O longa segue uma receita diferente de outros filmes recentes da Marvel ao introduzir participações, como a forma esdruxula em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Em Deadpool, o fato dele não se levar a sério tornou a inclusão desses outros personagens muito mais interessantes e com um apelo nostálgico muito forte, além de fazer sentido dentro de sua trama.

No todo, Deadpool & Wolverine é um filme divertido, feito para os fãs da franquia aproveitarem as duas horas de filme e tudo que ele apresenta: cenas de luta sangrentas, trilha sonora impecável, aparições interessantes e, claro, muitas piadas de duplo-sentido.

Deadpool & Wolverine estreia nos cinemas brasileiros em 24 de julho. E aí, você assistir ao longa nas telonas? Comente nas redes sociais do Minha Série!