O Simpatizante: entenda o final da série de espionagem da Max
Uma produção exclusiva da Max, O Simpatizante conta a história do Capitão, um apoiador do regime do Vietnã do norte que acaba parando nos Estados Unidos como um refugiado durante o período de guerra entre os países. Com muitas intrigas políticas e reviravoltas, a minissérie chegou ao fim no dia 26 de maio trazendo tanto respostas quanto novas perguntas.
No capítulo final, finalmente vemos o protagonista voltando a seu país de origem e contando tudo o que aprendeu. Ao mesmo tempo, descobrimos que ele não é exatamente um narrador confiável e que, apesar de suas mudanças de convicção serem óbvias, não podemos acreditar em tudo o que ele contou.
O que acontece no final de O Simpatizante?
Começando logo após os eventos do sexto episódio, o sétimo capítulo mostra o Capitão descobrindo que Claude sempre soube que ele era um espião, mas está disposto a ajudá-lo mesmo após a morte de Sonny. O protagonista rejeita a oferta e decide continuar lutando com seus companheiros, dos quais somente Bô’n sai vivo após uma batalha intensa.
O Capitão e seu amigo são levados a um campo de reeducação norte-vietnamita, onde o protagonista é torturado após tentar bater de frente com o líder do local. Esse processo faz com que ele acabe tendo acesso a memórias suprimidas, descobrindo que o responsável por seu sofrimento é Mãn, um de seus antigos amigos de infância.
O protagonista finalmente é liberado junto com Bô’n após concordar com seu captor que “nada é mais importante que a liberdade e a independência”, e a história termina com ambos escapando junto a outros membros do elenco. Enquanto isso acontece, vemos alguns espíritos do passado e vários soldados os observando da praia de onde eles partiram.
O verdadeiro significado da frase, atribuída a Jo Chi Minh, é deixado propositadamente em aberto por O Simpatizante, permitindo que o público tire suas próprias conclusões. Ao mesmo tempo, o final deixa claro que, mesmo com suas mudanças de convicções, O Capitão ainda se vê como um revolucionário que deseja lutar contra a opressão, por mais vazia que essa causa pareça.
Série traz um narrador pouco confiável
O final de O Simpatizante também mostra que a narrativa, contada pelo próprio Capitão, não é baseada somente em fatos confiáveis. Se em um episódio anterior ele afirmava que tentou evitar a tortura de uma mulher, no último é revelado que o personagem foi indiferente à situação que envolveu atos de violência sexual.
O Informante traz final que deixa muitas perguntas em abertoFonte: Divulgação/Max
Assim, ele se mostra um narrador pouco confiável, que esquece ou distorce eventos de forma a beneficiar a si mesmo. O último capítulo também mostra Robert Downey Jr. no papel de um padre, repetindo a dinâmica estabelecida anteriormente de que, na série, ele sempre interpreta figuras de poder que, de uma forma ou outra, decepcionam e manipulam o protagonista.
Em sua conclusão, O Simpatizante mostra que, apesar de tudo o que sofreu, O Capitão não teve seu espírito de luta quebrado e ainda tem convicções em um futuro melhor. Enquanto isso deixa brechas para que sua história continue, até o momento a Max não deu sinais de que a série terá novas temporadas.
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