Bebê Rena: criador pede que fãs parem de procurar identidade da stalker na vida real
Lançada no dia 11 de abril no catálogo da Netflix, Bebê Rena conquistou a atenção do público ao contar a história fictícia do comediante Donny Dunn (Richard Gadd), que passa a ser perseguido por Martha Scott (Jessica Gunning). Em seus sete episódios, ela mostra como essa obsessão crescente resulta em violência e em uma série de abusos.
Apesar de a história contada na tela ser ficcional, o fato de ela ser inspirada em eventos do mundo real é o que ficou gravado na mente de muitos espectadores. Em alguns casos, eles estão se dedicando a investigar os eventos que realmente aconteceram para descobrir e expor a identidade da stalker que inspirou Martha — algo que o criador da série não quer que aconteça.
Criador pede que fãs de Bebê Rena controlem suas emoções
Responsável pela criação de Bebê Rena, o próprio Richard Gadd usou sua conta pessoal no Instagram para pedir que o público pare de procurar pela stalker da vida real. Segundo ele, muitas pessoas estão passando do limite e não estão entendendo que o objetivo da série não é estimular a perseguição de ninguém.
Ele destacou que as especulações já resultaram em prejuízos para um de seus colegas, que foi apontado erroneamente como o responsável pelos abusos. “Pessoas que eu amo, trabalhei com e admiro (incluindo Sean Foley) estão sendo envolvidas injustamente pelas especulações. Por favor não especulem sobre quem qualquer uma das pessoas pode ser na vida real”, afirmou.
Antes de virar uma série da Netflix, Bebê Rena foi o tema de um show de comédia autobiográfico que Gadd apresentou pela primeira vez em 2019. Premiada no Edinburgh Festival Fringe, a peça chegou a ser cancelada temporariamente como consequência da pandemia da COVID-19, mas voltou a ser exibida meses depois, ganhando o Olivier Award.
Gadd prefere ser discreto sobre seus abusadores
Antes de fazer o pedido aos fãs, o criador já havia enfatizado que considerava muito importante proteger as identidades reais das figuras que retratou. Para isso, ele não somente modificou nomes, como também alterou detalhes de sua história pessoal para impedir que essas pessoas fossem identificadas.
Segundo Gadd, a Martha da vida real era uma figura “idiossincrática” que começou a enviar muitas mensagens e a apresentar comportamentos obsessivos. Ao contrário da série, a história real não terminou em processo. No entanto, o ator prefere não entrar em detalhes sobre o assunto, se limitando a afirmar que o considera como algo totalmente resolvido.
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