Cercado de polêmicas, Som da Liberdade lidera bilheterias no Brasil
Seguindo o sucesso dos EUA, Som da Liberdade está tendo um alto desempenho nas bilheterias do Brasil. Na segunda semana em cartaz, o longa-metragem foi assistido por 521,38 mil espectadores entre os dias 28 de setembro e 1º de outubro.
Conforme a Comscore, o filme estrelado por Jim Caviezel arrecadou R$ 7,28 milhões durante o período. O resultado é consideravelmente superior à arrecadação de R$ 5,7 milhões no fim de semana de estreia da produção (de 21 a 24 de setembro).
Surpreendentemente, Som da Liberdade ficou a frente da estreia de Jogos Mortais X. Em 2º lugar, o 10º capítulo da franquia de terror teve um público de 367,5 mil pessoas e arrecadou R$ 4,66 milhões.
Créditos do filme traz vídeo de Jim Caviezel para campanha de doação de ingressos.Fonte: IMDb/Reprodução
Alguns pontos explicam o sucesso de Som da Liberdade no Brasil. Analistas acreditam que a produção pode ter se beneficiado da Semana do Cinema em São Paulo, em que várias salas estavam com o valor acessível de R$ 12.
Além do apoio de grupos religiosos, a distribuidora internacional Angel Studios promove uma ação de liberação de ingressos gratuitos. Nos créditos finais do longa, um vídeo de Jim Caviezel sugere a doação de entradas para pessoas que não tenham condições financeiras de ir aos cinemas.
Segundo a mídia dos EUA, essa estratégia contribuiu para que Som da Liberdade atingisse uma bilheteria superior a US$ 200 milhões. No entanto, há relatos de que a distribuidora teria forjado os números e o filme chegou a ser exibido em salas inteiramente vazias.
Filme mostra Ballard (Caviezel) em uma missão contra tráfico humano na Colômbia.Fonte: IMDb/Reprodução
Mais polêmicas de Som da Liberdade
Apesar do sucesso, as polêmicas em torno de Som da Liberdade parecem se destacar mais do que a própria trama. Dirigido por Alejandro Monteverde, o filme se baseia na história real do ex-agente Tim Ballard e as ações dele contra o tráfico humano.
Elogiado pelo ex-presidente Donald Trump, o longa-metragem fez sucesso entre o público conservador dos EUA. Contudo, a produção é acusada de promover uma teoria conspiratória de que políticos progressistas estadunidenses gerenciam uma rede de tráfico infantil.
Entretanto, a maior polêmica envolve diretamente o verdadeiro Tim Ballard. O criador da organização anti-tráfico humano Operation Underground Railroad (O.U.R.) é acusado de “má conduta sexual” por ao menos sete mulheres.
Além disso, um dos principais financiadores do filme também recebeu acusações envolvendo crimes contra crianças. Fabian Marta, que aparece nos créditos do filme como apoiador do projeto, foi preso nos Estados Unidos por sequestro infantil, logo após o lançamento do longa-metragem nos cinemas do país.
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