Stephen Amell, de Arrow, se declara contra a greve de atores
O ator Stephen Amell, mais conhecido pelo papel de Oliver Queen/Arqueiro Verde na série Arrow, se declarou contra a atual greve de atores e atrizes de Hollywood. Amell comentou o caso durante um painel no evento GalaxyCon e virou um dos primeiros intérpretes de grandes produções a se posicionar publicamente do lado dos estúdios.
Na explicação a um questionamento de fãs, o ator alega que até apoia o sindicato dos atores, mas é contra a forma de manifestação escolhida para protestar por achar que ela é "reducionista" e não levar em conta o desempenho ou o lado de programas em andamento.
— ScreenTime (@screentime) August 1, 2023
"Eu apoio meu sindicato e eu fico do lado deles. Mas eu não apoio greves, não mesmo. Eu acho que essa é uma tática reducionista de negociação. (...) Eu acho que tudo isso é incrivelmente frustrante e penso que, do ponto de vista de programas, como o que estreou ontem, ela [a greve] é míope", declarou Amell.
O astro estava presente no evento apenas para "autógrafos e responder os fãs", mas aproveitou a ocasião para promover a segunda temporada do drama Heels, da Starz, que estreou nesta semana — sendo que um dos pontos do sindicato sobre a greve era justamente não comparecer a eventos para promover estreias.
Stephen Amell.Fonte: GettyImages
Os comentários foram bastante divulgados nas redes sociais e renderam muitas críticas de fãs, embora nenhum membro do sindicato tenha se manifestado até o momento a respeito da declaração. Amell também foi procurado pelo site The Hollywood Reporter, mas também não fez novas declarações.
Entenda as greves em Hollywood
Ao todo, duas greves acontecem em paralelo na indústria norte-americana de entretenimento. A primeira delas a ser declarada foi a da Writers Guild of America (WGA), a associação que reúne roteiristas e escritores de filmes, séries e programas de TV, paralisados desde o início de maio.
Dois meses depois, foi a vez do SAG-AFTRA parar, em uma ação do sindicato que reúne atores e profissionais de rádio e TV dos Estados Unidos.
As demandas são na maioria específicas para cada categoria, mas há alguns pontos em comum entre atores e roteiristas: os dois sindicatos são contra o uso não regulamentado de inteligência artificial (IA) no setor e pedem reajustes no pagamento dos direitos conexos, os chamados pagamentos residuais que diminuíram bastante com a popularização de plataformas de streaming.
Até o momento, as negociações não avançaram muito e representantes dos estúdios parecem dispostos até a esperar que os profissionais precisem de dinheiro depois de muito tempo parados para "vencer" essa queda de braço.
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