Pânico: qual é o melhor filme da franquia? Veja ranking
Com Pânico 6 chegando aos cinemas nesta quinta-feira (09), chegou o momento de decidir quais são os melhores filmes da icônica franquia criada por Wes Craven em 1996, e que trouxe ao mundo um dos maiores símbolos do terror recente: O Ghostface.
Pensando nisso, o Minha Série preparou o ranking ordenado dos melhores e piores filmes da amada saga do assassino mascarado que ama um bom jogo sobre outros clássicos do terror, enquanto busca vingança por Sidney Prescott.
Pânico 4
Lançado em 2011, mais de uma década após o lançamento do último filme da franquia, Pânico 4 é um verdadeiro divisor de águas. Para ser justo, o cinema de terror dos anos 2000 passou por altos e baixos, até começar a ressuscitar lentamente com produções mais originais. Pânico 4 infelizmente não se salva da leva de longas com uma saturação mais exagerada, sangue espirrando na parede, e corpos estripados para parecer mais perturbador.
Por ser uma grande metalinguagem do cinema, o quarto filme abre como uma sucessão de cenas bem interessante, levando o público a se questionar se aquele de fato já é o filme, ou se está assistindo uma encenação de A Punhalada, ou seja, o filme de Pânico inspirado nos eventos de Pânico. Essa confusão é proposital, e resulta em uma ótima introdução.
Embora haja uma brincadeira bem legal sobre como o mercado de filmes de terror estava sendo aquecido com reboots e remakes, a produção me deixou verdadeiramente entediado por seguir uma onda mais realista e menos galhofa como nos anteriores. Infelizmente, este também foi o último filme feito por Wes Craven, que faleceu quatro anos depois, e deixou um legado imensurável para a indústria.
Pânico 5
Uma década depois, Hollywood decidiu que era hora de trazer Ghostface para as telonas mais uma vez, e embarcar em uma nova onda de renovações de grandes franquias, e aproveitar o hype do horror, mais uma vez em alta. Além disso, com 20 anos da franquia original, esse era o momento de trazer novos ares para o elenco, bem como uma "passada de manto" para a personagem de Sidney Prescott (Neve Campbell).
Pânico 5 começa bem, e, na verdade, o filme sabe como lidar com a evolução tecnológica e brinca com os conceitos de casas conectadas e assistentes virtuais, trazendo uma boa discussão sobre as produções do "terror elevado", como Hereditário e A Bruxa. O problema é que o filme se esforça tanto para parecer com o original, como um soft reboot, que acaba caindo em problemas que também vemos em Pânico 4.
Pânico 3
Considerado por muitos como o pior filme da franquia, Pânico 3 é o que vejo como o ápice da galhofa dentro da série. O longa-metragem é o que se leva menos a sério, e talvez por isso não seja tão apreciado pelo público.
O filme foi lançado em 2000, e realmente não tem o melhor assassino ou motivação entre os vários psicopatas que assumiram o manto de Ghostface. Mas o que dá liga a esse filme é a ambientação, que ocorre dentro dos estúdios de Hollywood, onde está sendo gravado mais um filme de A Punhalada, juntando todos os personagens em cenários que representam os dois longas anteriores.
Totalmente besta, Pânico 3 é o que acredito ser a melhor adaptação em live-action de um Scooby-Doo com violência que não tivemos.
Pânico 2
Pânico 2 tem a mais divertida cena de abertura da franquia, e faz piadas com as exaustivas sequências que indústria impõe aos estúdios. O filme gira em torno de como um bom segundo longa deve ser, como se comportam os personagens, as motivações dos vilões, e as convenções clássicas do terror.
Por ainda ter sido gravado em meados de 1997, a continuação ainda tem aquele "gostinho" dos filmes da época, e não acaba fugindo tanto do longa original. Embora os vilões desse título não sejam os melhores, ainda é uma boa surpresa, e ter dois Ghostfaces novamente faz com que as cenas de ação estejam em um nível superior, mas sem uma sanguinolência desnecessária.
Pânico
É impossível escolher qualquer outro filme como melhor da saga a não ser o Pânico original de 96. O terror estava caminhando para uma década diferente, e as inúmeras continuações duvidosas de clássicos como Sexta-Feira 13, O Exorcista, Hellraiser e O Massacre da Serra Elétrica estavam desapontando o público. Algo precisava mudar, e então, Wes Craven decidiu, mais uma vez, revolucionar o mercado.
Craven já tinha feito sua obra-prima em 1984, com o primeiro A Hora do Pesadelo, cheio de sarcasmo e irreverência, e resolveu voltar para a franquia em 1994 com a continuação "O Novo Pesadelo de Freddy Krueger", mostrando o que aconteceria se Freddy viesse para o "mundo real" e atacasse os atores do filme original, borrando o limite entre o cinema e a realidade.
Não demorou para que Wes levasse esse conceito para uma nova franquia, criando Pânico, uma grande crítica bem humorada sobre o cinema de horror, com mais um serial killer icônico. A grande sacada do vilão seria não uma aparência deformada e garras nas mãos, mas o seu conhecimento em filmes de terror reais para testar suas vítimas antes dos assassinatos.
Pânico trouxe novos ares para o cinema, e mostrou que o subgênero dos slashers não estava morto. O assassino simbólico, a arma icônica, as motivações, e a final girl, interpretada perfeitamente por Neve Campbell, em uma mistura de terror com Detetive, transformaram aquela fantasia escura com máscara de fantasma em algo atemporal e inesquecível.
Mas e você, concorda com a lista, ou acha que Pânico 3 é realmente ruim e Pânico 4 é uma obra incompreendida?
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