5 vezes em que séries da Netflix viraram tema de processo
Ao retratar histórias públicas e conhecidas, sejam reais ou fictícias, a Netflix assume um risco: ser criticada legalmente por algum tipo de ação e precisar responder diante da lei.
A plataforma de streaming tem enfrentado esse tipo de situação recentemente devido ao caso da minissérie Todo Dia a Mesma Noite, lançada em janeiro de 2023. No entanto, essa não é a primeira vez que a Netflix encara a possibilidade de um processo judicial.
Confira na lista a seguir alguns casos em que séries da companhia acabaram levantando questões judiciais.
5. Netflix vai ser processada por causa de Todo Dia a Mesma Noite?
(Fonte: Netflix/Divulgação)Fonte: Netflix
A minissérie Todo Dia a Mesma Noite, baseada no livro homônimo de Daniela Arbex, retrata o incêndio na Boate Kiss, no qual 242 pessoas foram mortas.
Recentemente, logo após o lançamento da produção, cerca de 40 familiares vieram a público para anunciar que podem mover um processo contra a empresa devido à falta de sensibilidade no trailer e nos episódios da série, alegando que não foram consultados em nenhum momento.
Com a possível ação legal, o grupo de familiares estaria em busca de apoio ao tratamento físico e psicológico de sobreviventes, além da construção de memoriais para as vítimas do incêndio. Até agora, a Netflix não emitiu nenhum comunicado sobre o assunto, mas a associação de vítimas, que trabalhou com o streaming na série, disse que é contra o processo.
4. O caso de Dahmer
(Fonte: Netflix/Divulgação)Fonte: Netflix
As produções em torno de Dahmer, assim como Todo Dia a Mesma Noite, são baseadas em histórias reais, focando na trajetória do assassino Jeffrey Dahmer. De acordo com o seu pai, Lionel Dahmer, a plataforma de streaming nunca entrou em contato para pedir qualquer tipo de permissão antes de dar vida a produções que glorificam, segundo ele, os atos terríveis que foram cometidos por seu filho.
No caso de Dahmer, duas produções são apontadas como fora do controle da família: Dahmer: Um Canibal Americano, estrelada por Evan Peters, e o documentário Conversando com um serial killer: O Canibal de Milwaukee.
3. As acusações indevidas em Inventando Anna
(Fonte: Netflix/Divulgação)Fonte: Netflix
Inventando Anna conta a história de uma mulher que fez todos acreditarem que ela possuía uma herança, quando, na verdade, não passava de uma farsa.
Quem está processando a Netflix é Rachel Williams, uma das personagens que aparecem na série e é retratada por Katie Lowes. Ao longo dos episódios, ela é mostrada como uma pessoa manipuladora e esnobe, motivos suficientes para levar o advogado de Williams a abrir um processo.
Ele reforça, inclusive, o quão problemático é o fato de a plataforma de streaming ter mantido o nome verdadeiro de Rachel e como isso pode destruir a sua reputação, considerando o alcance que a empresa possui.
2. A possível falta de responsabilidade em 13 Reasons Why
(Fonte: Netflix/Divulgação)Fonte: Netflix
A série 13 Reasons Why retrata o suicídio de uma jovem e conta, ao longo das temporadas, a sua motivação, assim como os efeitos que a morte teve na vida das pessoas que a cercavam.
Devido a isso, um pai abriu um processo contra a Netflix após a sua filha se suicidar. Ele aponta que a série motivou, ao menos contribuiu, para que ela resolvesse abrir mão da vida, influenciada pelos fatos retratados na produção. No começo de 2022, o caso foi resolvido em uma corte nos Estados Unidos e foi favorável ao serviço de streaming.
1. Falsas informações e sexismo em O Gambito da Rainha
(Fonte: Netflix/Divulgação)Fonte: Netflix
Outro processo movido contra a Netflix teve como justificativa uma fala feita em O Gambito da Rainha, uma das principais séries da plataforma. Nela, é citado o nome de Nona Gaprindashvili, uma das maiores enxadristas da história, mas a fala é carregada de sexismo e inveracidade, como a defesa da atleta afirma.
O texto, retirado da íntegra, diz: “A única coisa incomum sobre ela, realmente, é seu gênero. E mesmo isso não é único na Rússia. Há Nona Gaprindashvili, mas ela é a campeã mundial feminina e nunca enfrentou homens”.
Gaprindashvili argumenta que, na época, ela já havia enfrentado mais de 59 homens, incluindo Grandes Mestres, aqueles que são destaque na área, por isso resolveu contestar as informações falsas apresentadas na série.
Além disso, a fala também retrata Gaprindashvili como uma mulher russa quando ela, na verdade, é georgiana, outro argumento usado pela defesa da vítima durante a condução do processo.
Em setembro de 2022, a Netlflix conseguiu fechar um acordo com a enxadrista e encerrar o processo, que inicialmente pedia uma indenização de US$ 5 milhões. No entanto, os termos finais da ação legal não foram revelados.
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