Dahmer: Ryan Murphy rebate acusações sobre ignorar famílias das vítimas
Alvo de críticas desde que a minissérie Dahmer: Um Canibal Americano (Dahmer – Monster: The Jeffrey Dahmer Story, no original) foi lançada pela Netflix, Ryan Murphy se pronunciou na recentemente, durante um evento no DGA Theatre, em Los Angeles, a respeito de certas acusações feitas a ele sobre ter supostamente ignorado as famílias das vítimas no processo de desenvolvimento da série.
Para o público presente, Murphy explicou que, junto de sua equipe, houve um rigoroso processo de pesquisa, o qual teria levado um tempo considerável até que as primeiras cenas pudessem começar a ser escritas.
“Entramos em contato com cerca de vinte familiares e amigos das vítimas tentando obter informações, tentando conversar com elas, mas nem uma única pessoa nos respondeu durante o processo", disse Murphy, conforme apurou o The Hollywood Reporter.
(Netflix/Reprodução)Fonte: Netflix
“Então, confiamos mais em nosso incrível grupo de pesquisadores que... nem sei como eles encontraram tantas coisas. Mas foi como um esforço de noite e dia para tentar descobrir a verdade dessas pessoas”, revelou.
Dahmer: sucesso e polêmica caminham lado a lado com série da Netflix
De certa forma, a audiência de Dahmer na Netflix foi surpreendente em alguns níveis, pois mesmo com seu conteúdo violento e pesado conseguiu se destacar em diversos países, figurando no famoso Top 10 da plataforma de streaming por vários dias.
Protagonizada por Evan Peters no papel do assassino Jeffrey Dahmer, o elenco também contou com as participações de Niecy Nash, Richard Jenkins, Penelope Ann Miller, Shaun Brown, Karen Malina White, Brandon Black e Molly Ringwald.
Diante do sucesso, algumas polêmicas também vieram à tona. Alguns espectadores classificaram a produção como abjeta, visto que ela estaria tentando sensacionalizar os crimes horríveis de Dahmer. Alguns familiares das vítimas concederam entrevistas a jornais importantes como o The Guardian após a exibição dos episódios.
Shirley Hughes, mãe de Tony Hughes, por exemplo, argumentou que diversos fatos foram distorcidos. Já Eric Perry, primo de Errol Lindsey, publicou em sua conta no Twitter que ninguém da família havia sido consultado sobre a série. Retratada na produção pela atriz DaShawn Barnes, Rita Isbell, irmã de Lindsey, afirmou que os produtores foram descuidados.
(Netflix/Reprodução)Fonte: Netflix
Em defesa do projeto e de Murphy, Paris Barclay, responsável por dirigir alguns episódios, reforçou que o objetivo principal de todos os envolvidos era mostrar as vítimas como pessoas e não apenas estatísticas.
“Queríamos garantir que essas pessoas não fossem apagadas pela história e que sejam reconhecidas, pois foram importantes ao longo de suas vidas”, argumentou.
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