The Handmaid's Tale: 5ª temporada mostra mulheres vingativas (crítica)
A produção The Handmaid's Tale, estrelada por Elisabeth Moss, conquistou um grande público desde sua estreia em 2017. Ao longo de todas temporadas, a série recebeu críticas positivas e negativas pela brutalidade e violência que as cenas carregavam. Entretanto, isso não impediu que a série fosse renovada até sua quinta e última temporada.
No Brasil, a nova temporada chega pela Paramount+ no dia 18 de setembro e traz o fim da luta da protagonista, June Osborne. Para te proporcionar uma experiência única no clima de despedida, o Minha Série teve acesso aos dois primeiros episódios com antecedência e trazemos para você uma crítica super especial (sem spoilers)!
No encerramento da trama, inspirada no livro homônimo de Margaret Atwood, June sofre as consequências do assassinato do Comandante Waterford (Joseph Fiennes), enquanto tenta redefinir sua identidade e propósito. Ao mesmo tempo em que a viúva Serena Joy tenta elevar seu status em Toronto, conforme as forças de Gilead aumentam no Canadá.
Elisabeth Moss em O Conto da Aia.Fonte: Reprodução / Hulu
Desde o primeiro episódio até a nova temporada, é possível ver a qualidade da direção fotográfica de Colin Watkinson. Nesses dois episódios, há um foco muito grande nos enquadramentos em plano detalhe no rosto dos personagens. Esse efeito que já se tornou uma marca de Elisabeth Moss como June ficou um pouco cansativo por conta do uso excessivo nos anos anteriores. Mas continua sendo um enquadramento lindo e que reforça todo o caos psicológico pelo qual os personagens estão passando.
Os traumas dos personagens têm um enfoque bem maior nesses novos episódios, deixando de lado um pouco a violência física, que teve um grande tempo de tela na quarta temporada, principalmente nas cenas de tortura. Essa era uma das reclamações de alguns críticos e de uma parcela do público, inclusive.
Enquanto isso, o roteiro apresenta uma Serena ainda mais forte e vingativa, após ver os apoiadores de Gilead que estão no Canadá, e que volta com mais motivos para espalhar seus ideais pelo país. Porém, o roteiro falhou em um ponto importante: o grande motivo para Serena ter entregue a liberdade de seu marido e dela para o governo do Canadá na última temporada era para ficar próxima de Nicole, filha de June, e, agora, são poucos os momentos que ela cita a bebê. Como se ela tivesse perdido o interesse após ter engravidado.
Yvonne Strahovski em O Conto da Aia.Fonte: Reprodução / Hulu
As personagens femininas da trama se mostram muito mais vingativas, cada uma com seu motivo ou trauma. Começando por June, que saboreia o assassinato de Fred Waterford durante um bom tempo, além de outras mulheres secundárias que se transformam pelos traumas e pelo desejo de vingar toda brutalidade recebida em Gilead.
Essas histórias secundárias permeiam caminhos intensos e conturbados, principalmente o rumo da vida da ex-esposa, Esther (Mckenna Grace), e da aia, Janine (Madeline Brewer), que se mudam totalmente por consequência dos ocorridos da 4ª temporada. Outra personagem que está ainda mais apegada às suas crenças e aos “cuidados” das aias é a Tia Lídia.
Elisabeth Moss e Sophie Giraud em O Conto da Aia.Fonte: Reprodução / Hulu
A série manteve sua narrativa densa, fotografia incrível e direção de arte excelente. Conseguindo apresentar os resultados grotescos criados pela República de Gilead.
É possível maratonar as três primeiras temporadas de The Handmaid’s Tale no Globoplay e a quarta no Paramount+.
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