Netflix é processada por interromper serviço a assinantes russos
Os assinantes da Netflix residentes na Rússia estão processando a plataforma de streaming após a suspensão do serviço no país desde o mês passado. A interrupção faz parte das sanções recebidas depois da invasão à Ucrânia, quando mais de 600 empresas ocidentais se retiraram em massa do país.
A Netflix, além de interromper seu serviço na Rússia, também suspendeu todas as aquisições de filmes e séries russos e o desenvolvimento de produções originais no país.
A plataforma de streaming é responsável pelo drama policial neo-noir Zato, uma série de suspense com o fim da União Soviética como pano de fundo, que conta a história de uma jornalista ambiciosa, Kristina, e do policial Dashkin, que lidera uma investigação sobre o desaparecimento de uma criança em uma cidade de acesso restrito, Lobachevsk, na década de 1990.
A Netflix também alcançou sucesso mundial com a série russa Better Then Us, a história de uma robô criada para ser boneca sexual que se apaixona pelo pai de uma família na qual vai parar por engano.
O processo contra a Netflix na Rússia
A retirada do serviço levou o escritório de advocacia Chernyshov, Lukoyanov & Partners a iniciar uma ação coletiva contra a gigante do streaming no tribunal distrital de Khamovnichesky, em Moscou, em nome dos assinantes que se sentiram lesados. As informações são da agência de notícias local, RIA.
Segundo comunicado do escritório de advocacia, o motivo do processo foi "uma violação dos direitos dos usuários russos devido à recusa unilateral da Netflix em fornecer serviços”.
Os assinantes agora estão pedindo, em conjunto, 60 milhões de rublos (o equivalente a US$ 724.000 dólares, ou cerca de R$ 3.400.000,00 - três milhões e quatrocentos mil reais) como compensação.
A Netflix tinha menos de um milhão de assinantes na Rússia, e opera como serviço no idioma local há menos de um ano. Em fevereiro, a plataforma já havia se recusado a cumprir uma lei que determinava a transmissão de 20 canais russos gratuitos.
A medida foi negada quando aumentavam as preocupações sobre a então possível invasão militar da Rússia na Ucrânia, e ocorreu mesmo com a operação russa da Netflix sendo administrada pela Entertainment Online Service, subsidiária do grupo coproprietário do Channel One - um dos canais seria exibido gratuitamente.
A Netflix ainda não comentou o caso.
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