Os 10 melhores filmes e séries sobre vampiros
Poucos seres mitológicos são tão fascinantes para nós quanto os vampiros. Não é possível determinar com precisão quem os imaginou pela primeira vez, pois entidades parecidas com vampiros já apareciam em diversas culturas pelo menos desde o século XIX. Ainda assim, um marco da nossa imaginação sobre eles é o livro Drácula, do romancista irlandês Bram Stoker, em 1897.
De fato, não é difícil entender porque gostamos tanto de um ser que, teoricamente, ameaçaria nossa existência. Os vampiros, como todos sabemos, seriam, para boa parte das culturas em que aparecerem, humanos que se tornaram mortos-vivos e que, para continuarem existindo, bebem sangue.
Suas características podem ser muito sedutoras: eles costumam ser retratados como extremamente elegantes, eróticos e detentores de muito conhecimento, que foi adquirido após terem atravessado séculos e visto muito coisa. E, claro, não dá para desconsiderar o fato de que os vampiros encarnam em si um dos grandes desejos humanos, que é o de viver eternamente.
Todos nós (ou quase todos nós) amamos vampiros, mas não dá para dizer que os autores de ficção não se esforçaram para criar várias realidades possíveis para eles – que vão desde o drama, o terror, e chegam até à comédia. E se quiser se aventurar nestas histórias, aqui vai um cardápio vampiresco em séries e filmes para agradar todos os paladares.
10. Nosferatu (de F.W. Murnau, 1922)
(Fonte: Aventuras na História)Fonte: Aventuras na História
Toda lista que se preza tem que começar com um clássico. Então não dá para falar de vampiros na ficção sem mencionar uma obra dos primórdios do cinema, que costuma estar nos rankings de melhores filmes de todos os tempos.
Nosferatu é um clássico do expressionismo alemão, gênero cinematográfico que, a partir de uma estética cheia de contrastes entre claro e escuro, buscava representar na tela uma visão subjetiva de mundo. O filme é uma adaptação da obra de Bram Stoker e traz, tal como no livro, a ideia de um vampiro monstruoso, assustador, que deriva do ambiente contaminado pela peste bubônica que aniquilou parte da população europeia no século XIV. Nosferatu, portanto, está bem longe da visão romântica e sedutora que temos sobre vampiros.
9. Drácula de Bram Stoker (de Francis Ford Coppola, 1992)
(Fonte: Cinema Clássico)Fonte: Cinema Clássico
Ainda falando em clássicos, aqui temos um filme que também entra na seara das grandes obras cinematográficas. Em 1992, Francis Ford Coppola já tinha realizado suas obras-primas (a trilogia O Poderoso Chefão e Apocalypse Now) quando resolveu encarar o desafio de levar ao mundo uma nova leitura de Drácula.
Esteticamente, Drácula de Bram Stocker é um primor: uma superprodução repleta de figurinos vistosos e locações maravilhosas para contar a história do conde que rejeita Deus após o suicídio de sua amada. A escalação de Gary Oldman no papel do maior vampiro da literatura é considerada, para muitos críticos, um grande acerto do diretor, já que o versátil ator britânico entrega aqui uma performance muito marcante.
8. Entrevista com o vampiro (de Neil Jordan, 1994)
(Fonte: UOL)Fonte: UOL
Aqui, um favorito pessoal. Apenas dois anos depois da obra de Francis Ford Coppola, o diretor irlandês Neil Jordan adaptou outro romance – Entrevista com o vampiro, de Anne Rice – e trouxe mais uma visão sobre a saga destes mortos-vivos.
Tal como no livro original, neste filme, os vampiros Lestat e Louis são retratados de maneira sexy e sempre em uma atmosfera homoerótica. A história, como o título sugere, começa com uma entrevista concedida por Louis (Brad Pitt) a um jornalista, relembrando sua trajetória desde o século XVIII até os tempos atuais. Ainda que sedutores, os vampiros aqui também são melancólicos, pois sentem na própria pele uma verdade incômoda: ter visto o mundo todo e conhecido muita coisa nem sempre é uma bênção. O desiludido personagem Louis é contrastado pelo seu “mestre”, o arrogante Lestat, em uma interpretação brilhante de Tom Cruise.
7. Buffy, a caça vampiros (1997-2003)
(Fonte: UOL)Fonte: UOL
A saga de Buffy Summers (Sarah Michelle Gellar) em Buffy, a caça vampiros, é querida por muita gente. Talvez parte do seu sucesso seja o fato de que ela é pioneira em levar o mundo dos vampiros para uma narrativa destinada a adolescentes. Buffy, no começou da série, tem 16 anos, e foi escolhida, por conta de um culto milenar, para ser “A Caçadora”, tarefa dada a uma mulher a cada geração para que se responsabilize no combate de forças do mal, como vampiros e demônios.
O foco, portanto, é no outro lado (o das “vítimas” dos vampiros) e o pano do fundo é a possível extinção da humanidade. Mas como a própria Sarah Michelle Gellar já declarou, Buffy, a caça vampiros cativava porque tratava, na verdade, dos conflitos atravessados na adolescência.
6. Fome de viver (de Tony Scott, 1983)
(Fonte: Itapema)Fonte: Itapema
Se tem uma coisa que os vampiros nos ensinam, é essa: o nosso sonho de viver para sempre pode ser uma maldição, antes que uma bênção. E o que esse clássico de Tony Scott nos apresenta, estrelado por Catherine Deneuve e David Bowie, são as consequências do amor vampiro e a tragédia da possível perda do parceiro quando se é eterno.
Na história contada em Fome de viver, a belíssima vampira Miriam (Catherine Deneuve) se confronta com o conflito da finitude quando seu parceiro John (David Bowie) começa a sofrer um envelhecimento acelerado e deve desaparecer em 24 horas. Eles buscam desesperadamente uma solução científica ao problema. Tudo, claro, emoldurado pela estética gótica dos anos 80 e pela música do grupo Bauhaus.
5. Crepúsculo (5 filmes lançados entre 2008 e 2012)
(Fonte: Divulgação)Fonte: Divulgação
Goste-se ou não, é impossível hoje falar de vampiros sem citar a saga Crepúsculo, conjunto de cinco filmes produzidos a partir dos romances da série Twilight, de Stephenie Meyer. Ainda que envolva diversos personagens, a história gira em torno do romance de Isabella Swan com o vampiro Edward Cullen. Ao se apaixonarem, Bella se torna suscetível a vários perigos – que vão se desdobrando nos vários capítulos dessa trama que conquistou fãs no mundo todo.
Os “defensores” dos vampiros acusam Crepúsculo de ter tornado seu universo excessivamente juvenil ou romântico, sem a malícia que costuma cercar estes seres místicos. Apenas para ilustrar: dentro de Crepúsculo, há vampiros herbívoros!
4. The vampire diaries (2009-2017)
(Fonte: Critical Hits)Fonte: Critical Hits
Mais uma vez, os vampiros aparecem um universo mais jovem, como em Buffy, mas agora, bebendo da febre de Crepúsculo - por isso mesmo, a série foi vista como oportunista por parte da crítica. The vampire diaries gira inicialmente em torno de um triângulo amoroso formado por dois irmãos que, séculos atrás, disputaram o amor de uma mulher. Nos tempos atuais, eles encontram uma “cópia” da amada Elena.
A trama de vampiros, portanto, é temperada pelo mote da disputa entre irmãos – que remete, de alguma forma, à dinâmica entre Lestat e Louis em Entrevista com o vampiro. A série durou 8 temporadas e trazia muitas cenas sensuais entre os atores.
3. True Blood (2008-2014)
(Fonte: HBO)Fonte: HBO
True Blood tem vários trunfos no que diz respeito à representação dos nossos imortais favoritos. Para começar, o fato de que se trata de uma comédia (ou, pelo menos, uma comédia com toques dramáticos).
A trama se situa na Louisiana, estado do sudeste dos Estados Unidos que é conhecido pela sua grande mistura entre culturas – pelo menos, a francesa, a africana e a americana, resultando no que lá se chama de cultura crioula e cajun. Este ambiente quente (em vários sentidos) se reflete no contexto da série, que gira em torno de Sookie (Anna Paquim) uma garçonete que tem poderes de telepatia e se apaixona pelo vampiro Bill Compton (Stephen Moyer).
O mais legal de True Blood é que, ao longo de 7 temporadas, ela faz cruzar personagens mitológicos diversos, como lobisomens, telepatas, metamorfos (seres capazes de se transformar em animais) e até fadas. Todos eles, aliás, estão sempre em conflito uns com os outros.
2. What we do in the shadows (2016, ainda em produção)
(Fonte: FX)Fonte: FX
Mais uma série de humor que trata de vampiros, mas agora por uma narrativa extremamente escrachada. What we do in the shadows é um seriado criado a partir de um filme homônimo, de 2014, e que fez muito sucesso.
Ela quebra totalmente a expectativa que temos dos vampiros como sujeitos sofisticados e sábios. Os personagens principais são quatro vampiros: três são vampiros “tradicionais” (Nandor e o casal Laszlo e Nadja) e um “vampiro de energia”, Colin Robinson, que se alimenta não de sangue, mas do tédio que causa nos outros por conta de sua chatice. Provindos de reinos obscuros da Europa, eles vêm para os Estados Unidos com a premissa de conquistar a soberania do mundo para todos os vampiros. No entanto, não conseguem nem dominar a própria quadra onde moram.
Com personagens absurdamente atrapalhados, What we do in the shadows é tipo um The Office com vampiros.
1. Amantes eternos (de Jim Jarmush, 2014)
(Fonte: Divulgação)Fonte: Divulgação
Encerro a lista com mais um dos favoritos do coração. Em Amantes Eternos, novamente, os vampiros são centralizados em uma história de fundo melancólico, com leves toques de horror, refletindo sobre as inquietações que os vampiros são capazes de nos causar. Esta é a história de amor entre Adam (Tom Hiddleston) e Eve (Tilda Swinton), dois vampiros que estão há séculos andando pela Terra e se encontram descontentes com o modo pela qual a humanidade foi evoluindo.
Ainda que morem em diferentes países e continentes (ele está nos Estados Unidos e ela, no Marrocos), são profundamente apaixonados um pelo outro. Será que o amor de um casal é capaz de superar a desilusão pela vida? São perguntas que só um grande filme pode fazer.
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