Disney+ ganhou 2 milhões de assinantes no último trimestre
A Disney apresentou na última quarta-feira (10) o balanço do 4° trimestre de 2021 (o ano fiscal da companhia começa em novembro e termina em outubro do ano seguinte). Entre os destaques, está o aumento da receita, enquanto o crescimento de novos assinantes do Disney+ sofreu forte desaceleração.
O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, e as ações da empresa chegaram a cair 8% ontem. A receita alcançada pelo conglomerado no trimestre encerrado em outubro foi de US$ 18,5 bilhões, em aumento de 26% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
No quesito streaming, a gigante do entretenimento conseguiu “apenas” 2,1 milhões de novos assinantes, alcançando 118,1 milhões de assinantes no mundo todo. O número foi considerado decepcionante porque, no trimestre anterior, o serviço havia ganhado 10 milhões de novas assinaturas.
Apesar do resultado frustrante, o CEO Bob Chapek tratou de demonstrar satisfação com os caminhos comerciais da empresa. O Disney+ tem sido um dos principais focos da companhia, que tem feito grandes investimentos para colocar conteúdos exclusivos na plataforma.
“Ao comemorarmos o aniversário de 2 anos do Disney+, estamos extremamente satisfeitos com o sucesso de nosso negócio de streaming, com 179 milhões de assinaturas totais (contando todos os streamings) em nosso portfólio DTC (direto ao consumidor) no final do ano fiscal de 2021 e 60% de crescimento de assinantes ano a ano com o Disney+”, afirmou Chapek na apresentação.
O executivo também defendeu que as metas de longo prazo, para 2024, estão indo bem. Ele chegou a dizer que a companhia planeja diminuir o tempo que seus filmes ficam em cartaz no cinema, tudo para levá-los mais cedo para o streaming.
Explicação dos resultados
Analistas consideram que são várias as causas para a retração nos resultados do principal streaming da Disney. Uma das explicações é justamente a concorrência cada vez mais acirrada no setor, que é dominado pela Netflix, mas tem outros players importantes, como Amazon Prime Video, HBO Max e Paramount+.
Especialistas consultados pelo site Deadline pontuam que há dúvida no mercado se depois do crescimento extraordinário de assinantes do Disney+ o negócio vai se manter no topo. Eles dizem que é difícil calcular se os investimentos milionários que terão de ser feitos conseguirão sustentar a balança para o lado positivo.
“Continuamos um pouco céticos de que mais conteúdos Star Wars/Marvel/animações/família sejam suficientes para aumentar a audiência do Disney+ e torná-lo paritário com a Netflix”, disse Doug Creutz, da empresa de análise de mercado Cowen.
Para tentar angariar novos assinantes, o Disney+ lançou no começo de novembro uma ação promocional que garante 1 mês do serviço por apenas R$ 1,90. A promoção também está sendo realizada em mercados como os Estados Unidos, onde o valor da assinatura do primeiro mês está saindo por US$ 2 (equivalente a R$ 10,90 na cotação atual).
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