Dicas de séries e filmes da semana: Nomadland
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A premiação do Oscar 2021 foi realizada na última semana com um grande destaque negativo: a audiência mais baixa de sua história, de acordo com o site Deadline. A maior festa do cinema mundial foi assistida por “apenas” 9,8 milhões de pessoas. O número é baixo quando lembramos que há 7 anos a noite de gala era acompanhada por mais de 40 milhões de espectadores.
O índice decepcionante provavelmente deve impactar no público de algumas das produções que foram premiadas na noite. Esse é o caso de Nomadland, que venceu as estatuetas de Melhor Filme, Melhor Diretora (Chloé Zhao) e Melhor Atriz (Frances McDormand como Fern). Portanto, se você não viu o Oscar (como muita gente), o longa-metragem é a nossa dica de filme da semana.
Baseado em um livro homônimo escrito em 2017, pela jornalista Jessica Bruder, o filme narra a história de uma mulher na casa de seus 60 anos que decide viver uma vida nômade após o colapso econômico afetar uma cidade rural no estado norte-americano de Nevada.
O filme foi elogiado por trazer uma faceta diferente do “american way of life”, contando a história de uma pessoa destruída pela crise e que não consegue mais participar de maneira ativa em praticamente nenhuma atividade econômica. A produção joga luz a um público que se renova a cada novo período de recessão.
Por que tantos elogios?
Além das estatuetas do Oscar, Nomadland levou prêmios no Globo de Ouro, PGA Awards, BAFTA e Independent Spirit Awards. Afinal, por que tantos elogios? São vários os fatores.
Além da já citada temática, o filme oferece bons momentos de contemplação. Os vários trechos de silêncio levam o espectador a refletir e sentir empatia por Fern, a protagonista.
Apesar dos vários instantes de solidão, há também momentos de alegria compartilhada, que celebram a amizade e a solidariedade entre pessoas que muitas vezes não se conhecem, o que não as impede de sentir afinidade.
Essa narrativa mais pessoal é elevada à milésima potência pela atuação de Frances McDormand. Pouco conhecida do público casual de cinema, já que suas atuações em blockbusters foram pontuais, a atriz alcançou provavelmente a atuação de sua vida desta vez, de acordo com vários críticos.
Outro ponto elogiável em Nomadland foi a própria cinematografia (parte técnica do cinema). A direção de Chloé Zhao – cujo trabalho será apresentado ao grande público em Os Eternos, da Marvel – foi elogiada por conseguir fazer algo bastante intimista e bonito.
Nesse sentido, a atuação do diretor de fotografia, Joshua James Richards, também recebeu aplausos, já que ele conseguiu filmar cenários incríveis e foi elogiado pela escolha da paleta de cores, em tons mais frios, dando o tom melancólico para boa parte do filme.
Quem vai gostar de Nomadland?
Os chamados “Road movies” já são clássicos principalmente no cinema norte-americano. Por isso, quem curtiu produções do gênero, como Thelma & Louise (1991), Central do Brasil (1998), Diário de Motocicleta (2004) e Pequena Miss Sunshine (2006) deve se sentir confortável com Nomadland.
Além desses, outros filmes reflexivos que também se passam na estrada, como Na Natureza Selvagem (2007), A Vida Secreta de Walter Mitty (2013) e Na Estrada (2012), podem levar à produção premiada. Apesar dos enredos diferentes, já que Nomadland tem uma forte crítica social, todas essas produções citadas geram reflexões intimistas sobre o nosso lugar do mundo.
No final das contas, o vencedor do Oscar de Melhor Filme de 2021 pode ser importante para quem quer uma experiência emotiva, reflexiva e bonita esteticamente – tudo ao mesmo tempo.
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