Bridgerton: as principais diferenças entre a série e os livros
Em sua maior parte, a série Bridgerton permanece fiel aos romances de Julia Quinn, embora também faça algumas mudanças notáveis em algumas áreas principais.
Com o sucesso da série, muitos novos fãs da produção provavelmente recorrerão aos livros enquanto esperam pela segunda temporada, que, em sua essência, são romances bastante formais do período regencial. Assim, descobrirão que a versão de Quinn da história é diferente em alguns aspectos significativos.
Em qualquer adaptação, manter um equilíbrio entre permanecer fiel ao material de origem e apresentar novas ideias é uma tarefa delicada. Bridgerton faz essa transição muito bem, introduzindo novos elementos muito interessantes.
Confira as principais diferenças entre os livros e a série da Netflix!
O relacionamento de Daphne e Simon é bem diferente nos livros
(Netflix/Reprodução)Fonte: Netflix
Bridgerton mostra Daphne em sua primeira temporada de elegibilidade, depois que as boas palavras da Rainha a tornam a dama mais desejada da alta sociedade. As suas perspectivas caem significativamente graças à intromissão incessante de seu irmão mais velho, Anthony, mas ela ainda consegue encontrar um parceiro.
O núcleo da história de Daphne e Simon é o mesmo em ambas as versões, mas a produção do streaming fez algumas mudanças importantes. Para começar, Daphne está em sua segunda temporada de elegibilidade nos livros, não na primeira, e ela tem muito mais problemas para atrair os olhos de pretendentes promissores.
O irmão de Daphne, Anthony, não se importa tanto com o casamento de sua irmã e não é a causa de suas circunstâncias infelizes. Ele até auxilia na estratégia de Simon e Daphne nos livros, sob a condição de que eles não passem muito tempo sozinhos.
Lady Danbury também desempenha um papel ligeiramente diferente na história da dupla, já que ela não é a mesma figura materna para Simon nos livros.
A série também traz algumas melhorias notáveis no relacionamento entre o casal. Simon é muito mais grosseiro e rígido nos livros, protagonizando alguns momentos verdadeiramente repreensíveis em que afirma ser dono de Daphne. Isso é o que provoca o momento mais marcante da história dos dois.
No livro, Simon vai para a cama bêbado uma noite depois que Daphne o confronta sobre ele se afastar durante o sexo. Depois que ele adormece, Daphne tira proveito de seu estado em uma cena que foi amplamente condenada, fazendo apologia ao abuso sexual.
Marina Thompson é completamente diferente nos livros
(Netflix/Reprodução)Fonte: Netflix
Marina Thompson é completamente diferente nas duas versões. Na série, ela é uma protagonista de status narrativo quase igual ao de Daphne, oferecendo uma imagem espelhada de várias maneiras da própria história da Duquesa. Assim, Marina luta com problemas complexos de ética e autopreservação em um mundo que não foi projetado para protegê-la e, como resultado, ela se torna uma peça central emocional da história.
No final, ela concorda em se casar com Phillip, o irmão de seu amante falecido, que era o pai de seu filho.
Esse casamento com Phillip é a única semelhança real entre a Marina da série Bridgerton e a dos livros. No romance de Quinn, ela é apenas brevemente mencionada mais tarde como uma mulher gravemente deprimida que morre após uma tentativa de suicídio. Phillip acaba se envolvendo romanticamente com Eloise nos livros, muito depois do falecimento de sua ex-esposa. No romance, Marina era parente dos Bridgertons, não dos Featheringtons.
Lord Featherington já está morto nos livros
A 1ª temporada de Bridgerton termina com a suposta morte de Lord Featherington — um personagem que já está morto no início de O Duque e Eu, o primeiro livro da saga. Contudo, sua presença faz sentido na série, pois dá à Marina Thompson um motivo para permanecer com a família Featherington depois de sua gravidez.
Enredos que não estão nos livros
A série de livros de Quinn apresenta uma breve aparição de uma cantora de ópera chamada Maria Rosso, ex-amante de Anthony Bridgerton. Contudo, seu papel nos romances é minúsculo e seu relacionamento com o visconde parece ter sido nada mais do que um breve caso.
Maria foi adaptada para a personagem de Siena Rosso no show que, embora semelhante em sua ocupação, desempenha um papel muito mais importante na história.
Além disso, uma das maiores divergências entre a série Bridgerton e os livros é a inclusão de mais personagens de caráter real. A Rainha Charlotte desempenha um papel importante na trama, interferindo nos assuntos de Daphne e na busca pela identidade de Lady Whistledown. Ela até tenta arranjar Daphne para seu sobrinho estrangeiro, o Príncipe Friedrich. Nenhum desses elementos da realeza aparece nos livros de Quinn.
(Netflix/Reprodução)Fonte: Netflix
Por último, a série Bridgerton faz uma grande mudança no mundo da história ao apresentar uma história alternativa das relações raciais na Inglaterra da era regencial. O show apresenta um Reino Unido onde, em algum ponto desconhecido em um passado relativamente recente, reparações foram pagas a cidadãos negros na forma de dinheiro, poder e títulos políticos.
Esse aspecto do mundo é mencionado muito brevemente em alguns diálogos. Os livros não têm essa história alternativa, e todos os seus personagens principais são presumivelmente brancos.
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