Quem Matou Sara?: série da Netflix empolga com grandes segredos (crítica)
ATENÇÃO: SPOILERS À FRENTE!
Na última semana, a Netflix emplacou a estreia de Quem Matou Sara?, uma série dramática repleta de grandes segredos e busca por vingança. Criada por José Ignacio Valenzuela, a produção mexicana figurou na lista Top 10 de diversos países, incluindo o Brasil.
O sucesso pode ser explicado por diversos fatores narrativos, sobretudo pelo uso do melodrama — um gênero que costuma fazer muito sucesso quase sempre que é proposto.
Ao longo dos dez episódios da 1ª temporada, a série se desenvolve em um ritmo intrigante e interessante, mostrando uma crescente que tem tudo para surpreender o público com seu desfecho.
Não à toa, a Netflix já anunciou sua renovação para uma 2ª temporada. Portanto, saiba mais detalhes de Quem Matou Sara? com a nossa crítica completa!
(Netflix/Reprodução)Fonte: Netflix
Quem Matou Sara?: série da Netflix utiliza jargão clássico já visto em diversas telenovelas
O público brasileiro pode já estar acostumado com a famigerada frase “Quem Matou?”, afinal, diversas telenovelas já utilizaram este recurso para alavancar a audiência e envolver seu público ainda mais na narrativa. No caso dessa série, as dúvidas rondam os personagens a todo o momento.
Por mais que, inicialmente, a ideia seja desenvolver as circunstâncias que tiraram a vida da personagem Sara (Ximena Lamadrid), os espectadores acompanham uma trama de vingança, repleta de mistérios obscuros e envolvimentos sinistros.
Alex Guzmán (interpretado por Manolo Cardona) passou muitos anos de sua vida na cadeia após assumir a responsabilidade pela morte de sua irmã, Sara.
A audiência acompanha, por meio de flashbacks, que César, o poderoso patriarca da família Lazcano (Ginés García Millán), de alguma forma, convenceu um Alex ainda jovem e imaturo a levar toda a culpa, já que seus filhos também estariam envolvidos no acidente.
Contudo, ao amadurecer e refletir sobre o que teria acontecido, o personagem se dá conta de que ainda pode corrigir as injustiças que lhe cercam. No dia em que Rodolfo (Alejandro Nones), o ex-namorado de Sara, é promovido à gerência dos negócios da família, seu irmão José María (Eugenio Siller) quer assumir seu noivado com Lorenzo Rossi (Luis Roberto Guzmán).
Entretanto, César não quer permitir que sua família seja manchada com a figura de um homossexual e luta contra a decisão de seu filho. O evento de consagração de Rodolfo ainda tem a presença de Mariana (Claudia Ramírez), a matriarca Lazcano, e Elisa (Carolina Miranda), uma das herdeiras.
(Netflix/Reprodução)Fonte: Netflix
Ao iniciar seu plano de vingança, Alex invade a rede de computadores do local, um cassino, e anuncia que sabe quem matou Sara e que essa pessoa deve assumir a responsabilidade pelo acontecimento. E por mais que em um primeiro momento as coisas pareçam óbvias demais, com a construção da narrativa, os espectadores percebem que nem tudo é como aparenta ser.
O que mais chama a atenção durante os episódios, para além dos mistérios lançados ao público, é a atuação primorosa da maioria dos personagens. Apesar das personalidades conflitantes, todos do elenco estão muito bem nos papéis que representam. Um destaque especial para o excelente trabalho de Manolo Cardona, que conquista o público com seus olhares e sua ambição determinada.
Já Ginés García Millán utiliza suas expressões faciais e gestuais para compor um antagonista extremamente inescrupuloso, que detém muito poder em suas mãos e quase nenhum arrependimento sobre suas ações.
Nesse sentido, o primeiro episódio tem um desenvolvimento muito contundente ao fornecer as informações necessárias aos espectadores — sendo decisivo para que o público decida se vai continuar a assistir a série.
Com muitos segredos e armadilhas, a 2ª temporada de Quem Matou Sara? deverá explorar ainda mais os conflitos diretos entre todos esses personagens. Sendo assim, a 1ª temporada fornece momentos satisfatórios para sua audiência, construindo uma trama interessante e ao mesmo tempo delicada.
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