Barbarians: série da Netflix empolga com clima épico (REVIEW)
Lançada na Netflix em 23 de outubro, a série Barbarians figurou no Top 10 do Brasil com apenas uma semana de exibição. A 1ª temporada, composta por seis episódios eletrizantes, possui uma atmosfera delicada, mas com grande profundidade. Tudo isso parece ter sido o suficiente para seduzir diversos tipos de público. Muitos deles órfãos de Vikings e de The Last Kingdom.
Criada por Andreas Heckmann, Arne Nolting e Jan Martin Scharf e estrelada por Laurence Rupp, Jeanne Goursaud e David Schütter, a série apresenta um evento fictício que motivou o acontecimento da Batalha da Floresta de Teutoburgo durante a ocupação da Germânia pelo Império Romano — um conflito que poderia mudar totalmente o curso da história moderna.
Muitas figuras famosas na história desse conflito são retratadas na série. É o caso do General Varus (interpretado por Gaetano Aronica), que enriquece a produção com suas aparições. O design de produção, inclusive, parece ser um dos mais bem elaborados entre os últimos lançamentos da Netflix pela riqueza de detalhes e pelo uso preciso das cores.
A direção dos episódios, a cargo da dupla Barbara Eder e Steve Saint Leger, também responsáveis por Vikings, possui um tom enigmático em termos rítmicos, o que colabora muito para o interesse do espectador.
O ponto alto da narrativa certamente está no personagem Arminius (Rupp), que precisa tomar muitas decisões importantes no decorrer dos episódios — e todas elas podem gerar mais conflitos entre os povos retratados.
(Reprodução)Fonte: Netflix
É a dinâmica desse personagem com Thusnelda (Goursaud) e Folkwin Wolfspeer (David Schütter), por exemplo, que traz pontos dramáticos interessantes e também necessários para o centro da narrativa.
Os episódios, nesse sentido, parecem necessitar da presença dos três para continuarem com vigor. Entre os temas recorrentes da série, o público pode esperar muitos ressentimentos, alianças perigosas e também sacrifícios chocantes.
Barbarians: mesmo com clichês, narrativa é empolgante
Por mais que os personagens sejam cativantes, há alguns clichês já vistos em outras produções do gênero. Tudo isso é bem amarrado no final das contas, mas a mudança abrupta de foco ao longo da 1ª temporada pode confundir um espectador menos atento. As cenas de iminência das batalhas são muito interessantes e fazem uma articulação bem pertinente com o enredo.
(Reprodução)Fonte: Netflix
Vale ressaltar que a Batalha da Floresta de Teutoburgo foi um momento decisivo na história germânica. Dessa forma, Barbarians traz para os espectadores alguns indícios do que poderia ter acontecido seguindo a historiografia, além de outras adições muito interessantes ao drama emocional dos personagens centrais — que não existiram na vida real.
Porém, também é interessante frisar que, para assistir à série, é preciso não se importar muito com o teor violento das cenas. As batalhas vistas na tela estão repletas de sangue com decapitações, chicotadas, queimaduras, entre outras coisas.
Com todas essas qualidades, talvez a maior delas seja o distanciamento que esse período tão remoto tem com a sociedade dos dias atuais. Nesse sentido, Barbarians pode ser uma bela forma de escapismo para espectadores que querem apenas se distrair — ou, também, uma bela forma de se pensar em muitas questões.
O que você achou dos seis episódios de Barbarians na Netflix?
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