The OA é a nova Stranger Things?: veja comentários da crítica para a série da Netflix
A Netflix entregou de surpresa esta semana a sua nova série de ficção científica, The OA, programa criado pela dupla de realizadores independentes Brit Marling e Zal Batmanglij (A Outra Terra, A Seita Misteriosa).
A maneira como a série surgiu de repente, sem uma grande campanha por parte da operadora de streaming, tem levado a mídia a comparar The OA com outra série de ficção científica e fantasia, que foi lançada silenciosamente este ano e acabou se tornando um fenômeno cultural – Stranger Things.
Fonte da imagem: Divulgação/Netflix
Mas será que a misteriosa The OA tem chance de se tornar um sucesso tão grande quanto Stranger Things? Analisamos alguns comentários da crítica estrangeira para a nova série – que estreou hoje (sexta, dia 16) na Netflix – e selecionamos duas críticas bastante opostas em sua análise sobre o programa.
As duas críticas selecionadas, de veículos bastante reconhecidos da indústria de entretenimento, abordam essas comparações de The OA com Stranger Things, mas têm opiniões completamente diferentes sobre o resultado. Confira:
O Bom
- Tim Surette, daTV Guide:
“Parece que Netflix está esperando por outro fenômeno do streaming, seguindo Stranger Things, com The OA – e há uma forte possibilidade de que eles consigam isso. The OA é uma série emocionante, linda e viciante sobre uma mulher que retorna para casa depois de desaparecer por mais de sete anos, e é apenas o segundo programa que eu assisti este ano em que eu tinha que pressionar ‘Assistir ao Episódio 2’ imediatamente. O outro foi, é claro, Stranger Things. E assim como eu disse às pessoas depois de assistir Stranger Things, a melhor maneira é saber o mínimo possível sobre a trama e confiar no programa”.
“EnquantoStranger Things era uma ode escapista aos filmes de aventura para crianças dos anos 80, The OA é uma fantasia em camadas que é ao mesmo tempo dark e assombrosa, fazendo perguntas que intrigaram filósofos e estudiosos há séculos. Eu tenho que ser forte aqui e não revelar quais são essas perguntas - novamente, é um desserviço saber muito antes de começar a assistir - mas as respostas únicas de The OA para essas perguntas são deslumbrantes e permanecem com você muito tempo depois de assistir à serie. É provável que você termine uma sessão de The OA à noite e se pegue olhando para o teto na cama, ponderando o que você assistiu e decifrando as provocações metafísicas que o programa apresentou”.
O Ruim
- Daniel Fienberg, do The Hollywood Reporter:
“The OA não está sendo lançado com um pedigree criativo ou como uma produção de grandes estrelas, mas sim em torno de mistério e surpresa, na esperança de que não falar sobre o programa vai, ironicamente, levar as pessoas a falar sobre isso incessantemente. É um jogo que eu também posso fazer, promovendo The OA como um encontro de Stranger Things comLinha Mortal, com os aspectos mais pretensiosos de Sense8. O problema é que dizer, mesmo que vagamente, sobre o que ele é, seria apenas uma provocação, enquanto dizer o que ele realmente é, seria uma decepção – porque depois de um início atraente,The OA torna-se algo muito ridículo. Para ser generoso, o clímax da série é totalmente imerecido ao que foi construído. E sem ser generoso, é uma série de excessos ofensivos”.
“Os espectadores podem suspeitar que as ideias no centro deThe OA são muito inteligentes, mas as ações que movimentam o enredo ficam cada vez mais estúpidas e mais ilógicas no decorrer da história. Há um limite para quantas vezes você pode fazer os espectadores questionarem o sentido da trama antes do contrato entre o criador e o público se romper; e em um programa conduzido pelo mistério, o contrato é essencial”.
“Apesar de frustrado e insatisfeito com The OA, quero dizer isso: adoro que a Netflix (ou qualquer outra TV ou companhia de streaming) esteja disposta a fazer uma série como esta. Se Netflix vai gastar dinheiro em um lixo vulgar comoFuller House ou em séries de super-heróis da Marvel ou mesmo em drama de prestígio tremendamente bem executado como The Crown, sabendo que são programas de reconhecimento garantido por seus públicos; eu tenho grande admiração também por darem um pouco de dinheiro para uma dupla indie, de autores obviamente talentosos, e dizerem: ‘Faça-nos algo estranho’, mesmo sem terem garantia de terem em troca algo que seria bom ou vendável. E confie em mim, quando você vê a maneira como The OA se resolve, você saberá que os executivos da Netflix estavam fechando os olhos, cruzando os dedos e orando para que funcionasse”.
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E você, está curioso(a) para assistir à nova série e tirar a sua própria conclusão? Comente abaixo.
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