7 mentiras que aprendemos a acreditar com séries de investigação criminal
Publicada originalmente por Diego Denck no Megacurioso
A série CSI – Investigação Criminal aterrissou nas telinhas mundiais no ano 2000. De lá para cá, aprendemos muita coisa sobre a análise de assassinatos e a resolução de crimes inacreditáveis. E isso foi reforçado ainda mais com seus spin-offs, CSI: Miami e CSI: NY.
Esse filão, entretanto, possui inúmeros outros representantes. NCIS, Dexter, Whitout a Trace, Cold Case, Criminal Minds e Monk se aproveitaram do sucesso da serialização de investigações criminais para contar histórias interessantes dentro do universo policial. Porém, até mesmo clássicos anteriores, como Arquivo X e Law and Order, mostram investigações complexas para solucionar casos que desafiam a polícia.
Mas será que eles são realistas? A investigadora forense Paige Green desmistificou várias bobagens mostradas na TV e nós selecionamos sete dessas mentiras que assimilamos como verdades ao longo de nossas vidas assistindo aos seriados de televisão.
1. Testes de DNA são rápidos
Na verdade, testes dessa natureza levam bastante tempo para serem conclusivos. Ainda que a tecnologia chamada RapidDNA prometa resultados em até 90 minutos, a quantidade de exames que a polícia necessitaria fazer atrasaria um parecer final sobre o caso. Além disso, o RapidDNA ainda não é aprovado pelo FBI e nem é compatível com o seu banco de dados.
[img size='630']/uploads/editor_pictures/000/026/258/content_pic.jpg[/img]
2. Impressões digitais são facílimas de serem coletadas
Ainda que o recurso ajude a solucionar diversos crimes mundo afora, conseguir coletar uma digital perfeita é um trabalho bastante complicado. Você se lembra de quando foi cadastrar as suas ao fazer seu RG? Foi necessário todo um cuidado e um trabalho para elas não borrarem. Agora imagina um bandido que está com a adrenalina a mil segurando uma arma? Além da superfície não ser das melhores para as impressões digitais ficarem “impressas”, a probabilidade de elas saírem apenas parciais ou borradas é gigante.
[img size='630']/uploads/editor_pictures/000/026/259/content_pic.jpg[/img]
3. Sangue brilha na luz ultravioleta
Isso é mais um recurso televisivo para facilitar os enredos das histórias contadas. Apesar disso, a luz ultravioleta pode ajudar a detectar diversos outros fluídos corporais na cena do crime: sêmen, urina, saliva e leite materno brilham sob a incidência de seus raios.
“Mas e o luminol?”. Se você pensou nesse produto, mostra que está muito mais familiarizado que a maioria dos telespectadores: você é um assíduo investigador criminal de sofá! O luminol, de fato, faz o sangue brilhar com uma cor azulada, porém ele não é totalmente eficiente. É necessária uma escuridão quase total para isso acontecer – e o brilho dura apenas alguns segundos.
[img size='630']/uploads/editor_pictures/000/026/260/content_pic.jpg[/img]
4. Investigadores forenses são “celebridades”
Em muitas dessas séries, vemos os investigadores forenses como uma figura de autoridade. São os "bambambam" da polícia e chegam às cenas de crime para solucionar qualquer caso. No entanto, segundo a própria investigadora forense norte-americana Paige Green, a maioria desses profissionais sequer é habilitada a carregar armas, por exemplo. Normalmente eles são técnicos responsáveis por coletar e analisar as provas – muitas vezes, tendo o salário menor do que as séries poderiam levar a imaginar e estando não tão acima assim na cadeia hierárquica de um departamento policial.
[img size='630']/uploads/editor_pictures/000/026/261/content_pic.jpg[/img]
5. Analistas forenses sabem tudo de tudo
Tirando os personagens como Fox Mulder e Dana Scully, deArquivo X, a maioria dos especialistas forenses não tem o conhecimento de tudo, como é mostrado na televisão. Normalmente, uma pessoa se especializa em apenas um ramo da investigação criminal. Saber todos os detalhes de todos os crimes e com todas as variantes possíveis são artifícios usados apenas na ficção.
[img size='630']/uploads/editor_pictures/000/026/262/content_pic.jpg[/img]
6. O trabalho forense é pouco burocrático
Os seriados focam os investigadores forenses com suas vidas corridas, trabalhos complexos e muitos mistérios. Porém, eles não dão muita ênfase a uma parte dessa realidade: papel sobre papel, burocracia sobre burocracia e horas de investigação dentro do escritório. Toda prova coletada precisa ser selada, registrada, carimbada, avaliada e rotulada (citando um trecho de “Plunct Plact Zum”) para ter algum valor. Isso requer horas e mais horas de trabalho extremamente burocrático.
[img size='630']/uploads/editor_pictures/000/026/263/content_pic.jpg[/img]
7. Sangue espirra para todos os lados
Cenas criminais na ficção mostram sangue espalhado do chão ao teto, mas isso é muito difícil de acontecer. Mesmo em casos com diversas facadas ou vários tiros, algumas vítimas morrem antes de perder muito sangue. O cenário ensanguentado da ficção ajuda a deixar a narrativa dos seriados mais atraente e prende mais a atenção dos telespectadores. Apenas traumatismo craniano e artérias cortadas jorram muito sangue – mas ainda assim, não é como vemos nas telinhas.
[img size='630']/uploads/editor_pictures/000/026/264/content_pic.jpg[/img]
Via Megacurioso.
Fontes
Categorias