Kate Winslet admite arrependimento por ter trabalhado com certos diretores

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Kate Winslet, a atriz vencedora do Oscar e conhecida por Titanic, fez um discurso durante a premiação dos críticos de Londres e, nas entrelinhas, confessou se arrepender de ter trabalhado com Woody Allen e Roman Polanski. Ela não citou os nomes exatamente, mas revelou insatisfação com certos “homens de poder” no meio da indústria. Ela atuou em Deus da Carnificina (2011), de Polanski, e Roda Gigante (2017), de Allen. Leia a declaração de Winslet:

“Existem diretores, produtores e homens de poder que foram premiados e aplaudidos por décadas devido aos seus trabalhos. Na verdade, muitos atores tiveram uma carreira de sucesso, em parte, por papéis desempenhados em seus filmes. A mensagem que recebemos durante anos foi que o maior elogio possível era receber um papel desses homens. Com as mulheres do mundo todo e dos diferentes setores marchando no fim de semana passado, juntando-se para falar de assédio, exploração e abuso, percebi que não seria capaz de ficar aqui nesta noite e me manter calada com meus arrependimentos amargos por tomar decisões precárias de trabalhar com pessoas com as quais eu não gostaria.”

A declaração de Kate Winslet veio semanas após a filha adotiva de Woody Allen, Dylan Farrow, denunciar os abusos sofridos aos 7 anos de idade. Winslet havia fugido desse assunto durante a divulgação do filme em dezembro, elogiando a forma como Allen trabalha no set. Agora ela se junta a Colin Firth e Greta Gerwig, que condenaram o diretor e disseram que nunca mais trabalhariam com ele. Enquanto isso, Timothée Chalamet e Rebecca Hall, que estarão no próximo filme dele, doaram todo seu cachê para ONGs que cuidam de pessoas que sofreram abuso, incluindo a Times Up.

Roman Polanski foi julgado e considerado culpado por estuprar uma garota de 13 anos idade em 1979. Ele foi condenado por estupro com uso de drogas, perversão, sodomia, atos libidinosos com uma criança de menos de 14 anos e por fornecer remédios a uma jovem menor de idade. Ele foi julgado em Los Angeles, mas, pouco antes de sair a sentença, fugiu do país e, desde então, mora na França, onde não existe lei de deportação para os EUA. Já o caso de Woody Allen e os abusos contra Dylan Farrow foi arquivado devido à falta de provas concretas.

Este texto foi escrito por Pedro Henrique via n-Experts.

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