Woody Allen faz declaração polêmica sobre campanha #metoo
Woody Allen acha que devia ser o garoto-progranda da campanha #metoo. Sim, foi isso mesmo que você leu.
Em uma entrevista recente para o site argentino Periodismo Para Todos, o cineasta norte-americano foi questionado sobre as menções a ele durante as ações do movimento #metoo e respondeu categoricamente que seu histórico com as mulheres com quem trabalhou é tão impecável que ele deveria ser um verdadeiro modelo.
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Allen figura em diversas listas como um dos assediadores, graças a uma acusação de sua filha adotiva Dylan Farrow — com a ex-namorada, a atriz Mia Farrow — de que ele teria abusado dela ainda quando era criança, aos 7 anos. O caso aconteceu em 1992, e na ocasião o diretor foi inocentado pelas autoridades competentes.
Ele, claro, nega enfaticamente as acusações e, em geral, não teve a carreira afetada por elas — até que o #metoo fez a história ressurgir. Desde então, algumas atrizes vêm dizendo que não trabalhariam mais com Allen — Rebecca Hall, por exemplo.
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Em janeiro deste ano, Dylan finalmente falou sobre o caso, contando sua perspectiva sobre as acusações em uma emocionada entrevista. Agora, ele voltou a se pronunciar, negando mais uma vez e desacreditando a própria filha.
Na entrevista ao jornal, ele diz que a acusação foi feita por uma única mulher e durante a disputa pela guarda de uma criança, então Mia teria induzido a filha a mentir para o prejudicar. "Isso foi algo investigado 25 anos atrás por todas as autoridades, e todo mundo chegou à conclusão de que não era verdade. Isso foi o fim, e eu segui em frente com a minha vida".
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O diretor é casado desde 1997 com Soon-Yi Previn, também filha adotiva de Mia Farrow, com quem iniciou o relacionamento 8 meses antes das acusações de violência por parte de Dylan. Com Mia, Allen manteve o relacionamento por 12 anos, mas nunca chegou a se casar oficialmente.
Negando o caso, Woody Allen ainda afirma ser "um grande defensor do movimento #metoo":
"Eu acho que, quando se encontram pessoas que assediam mulheres e homens inocentes, é uma coisa boa que eles sejam expostos. Mas, você sabe, eu poderia ser um garoto-propaganda para o movimento #metoo. Eu trabalhei em filmes por 50 anos, com centenas de atrizes, e nenhuma delas — grandes nomes, famosas, iniciantes — sequer sugeriu qualquer tipo de comportamento impróprio. Eu sempre tive um histórico impecável com elas!"
Este texto foi escrito por Lu Belin via nexperts.
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