O custo da pirataria para as TVs [intervalo]
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O custo da pirataria para as TVs
A pirataria tem um custo alto para a indústria audiovisual, em especial o cinema e as redes de TV. Os famigerados torrents que pipocam na internet e se propagam pelos computadores de todo o mundo distribuem gratuitamente conteúdos de maneira ilegal, violando direitos patrimoniais e impactando rendimentos.
O compartilhamento de arquivos pela rede certamente afeta o movimento nas salas de cinema e os pagamentos de TVs por assinatura, gerando prejuízo em diversos setores da produção e distribuição de entretenimento – ainda que os valores reais não possam ser calculados.
Outra prática igualmente ilegal é o streaming em sites piratas de filmes e séries – e bastam poucos cliques para encontrá-los e ver a quantidade de títulos disponíveis na web, muitos com legendas sincronizadas em português!
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Essa facilidade de chegar aos conteúdos (ainda caracterizada como pirataria) pode ser analisada como um resultado da democratização do acesso à informação e da inclusão digital. Sob essa perspectiva, podemos pensar que hoje conseguimos localizar títulos raros ou sem uma distribuição nacional recorrendo a bibliotecas online – algo que seria inacessível por meios legais.
A pirataria está muito presente na vida dos brasileiros, e não apenas na web, mas também nos gatos de TV a cabo e nas senhas compartilhadas. Neste último ano, as companhas nacionais de TV por assinatura sofreram perdas acentuadas de clientes – provavelmente como reflexo da profunda crise econômica no país – e estão, cada vez mais, apostando em sua oferta de títulos por streaming.
Neste momento em que toda a indústria de entretenimento se adapta aos novos tempos, essas plataformas se tornaram as maiores aliadas no combate à pirataria. Netflix, Amazon Prime Video, as americanas Hulu, CBS All Access, bem como as futuras DC Universe, Disney Play, entre outras, se apresentam como alternativas às bibliotecas online e oferecem um serviço e uma comodidade por um preço “acessível” (com aspas porque são múltiplas variáveis aqui).
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Se antes parecia razoavelmente fácil buscar um filme ou uma série na internet, os catálogos organizados e rapidamente acionáveis dos streamings são infinitamente mais práticos. E é possível notar que os espectadores estão aderindo a eles – talvez até mesmo com mais de 1 assinatura – e deixando um pouco de lado os torrents e gatoNET (e até a própria NET).
A solução para acabar a pirataria parece estar mesmo na melhoria dos mecanismos de distribuição, com uma oferta mais rápida de episódios e temporadas (uma agonia eterna para os verdadeiros fãs, não é mesmo?).
A realidade no Brasil hoje obriga o público de Grey’s Anatomy a esperar por semanas e até meses para assistir aos novos capítulos (na TV por assinatura!), e leva quase 1 ano para uma temporada entrar na Netflix. Onde você acha que os fãs estão encontrando os episódios logo após a transmissão nos Estados Unidos?
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Para fechar o cerco contra a propagação ilegal de filmes e séries, os canais e as operadoras de TV no Brasil devem continuar aprimorando seus serviços, estendendo-se ao streaming e à formação de catálogo (como a plataforma NOW) e disponibilizando com mais agilidade e praticidade os títulos que os espectadores procuram (ou procurariam na web).
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