Homem-Aranha no Aranhaverso revoluciona gênero de animação e de super-heróis (crítica)
Depois de tantos reboots do personagem Homem-Aranha nos cinemas, a Sony Pictures achou uma boa ideia produzir uma animação reunindo múltiplas versões do herói aracnídeo em Homem-Aranha no Aranhaverso, longa produzido pela dupla Phil Lord e Christopher Miller (de Uma Aventura LEGO) e com direção de Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman.
E não é que a ideia foi de fato muito boa!? Com um roteiro esperto e abordando questões modernas de identidade, sem falar no visual espetacular produzido pela inovadora técnica de animação, Homem-Aranha no Aranhaverso é não apenas um bom filme, mas um dos melhores do gênero – seja entre longas de animação ou títulos de super-heróis.
A história acompanha o garoto Miles Morales, filho de um policial afro-americano e uma enfermeira porto-riquenha, que não se identifica com a escola de elite em que estuda e prefere passar o dia nas ruas de Nova York espalhando sua arte. Certa noite, desobedecendo seus pais, Miles vai passear com seu tio pelos túneis subterrâneos de metrô, onde acaba sendo picado por uma aranha radioativa.
No dia seguinte, na escola, ele passa a apresentar os mesmos sintomas que Peter Parker teve ao se transformar no Homem-Aranha, o que gera uma sucessão de desastres e situações embaraçosas, especialmente ao lado da nova colega de classe, Gwen Stacy – uma das múltiplas versões do Aranhaverso, junto com o Peter Parker maduro, o Homem-Aranha noir, Peni Parker e o Porco-Aranha!
Os diversos heróis da narrativa, com suas próprias personalidades e estilos, servem ao discurso do filme, permitindo que uma nova geração de espectadores se identifique com múltiplos personagens e provando que qualquer um pode ser “especial”. Além disso, cada uma das versões do Aranhaverso carrega sua própria linguagem para dentro da animação, transformando a narrativa em forma e conteúdo.
Homem-Aranha no Aranhaverso conta também com cenas incríveis de ação, que se tornam ainda mais eletrizantes devido ao visual original da animação. O humor é igualmente genial, com muitas referências às encarnações anteriores do aracnídeo nos cinemas (o deboche com o Peter Parker rebelde deHomem-Aranha 3 é um dos pontos altos da trama).
Curiosamente, a animação parece justificar as múltiplas histórias de origem do personagem que chegaram às telonas nos últimos anos e, de quebra, dá um novo fôlego para o amigo da vizinhança em suas futuras produções – e olha que já queremos ver sequências e spin-offs de Aranhaverso!
https://youtu.be/OsYc_kpXc5w
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Homem-Aranha no Aranhaverso estreia no dia 10 de janeiro nos cinemas brasileiros.
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