Os 25 melhores filmes de ação da década de 1990
Tiros, explosões, perseguições de carro e lutas cuidadosamente coreografadas. O gênero de filmes de ação nunca foi um dos mais respeitados pelos críticos, mas certamente continua conquistando uma parcela expressiva do público, que não se cansa de acompanhar protagonistas essencialmente masculinos envolvidos em situações absurdas de vida ou morte.
E, apesar de o gênero nunca ter saído de moda, é fácil reconhecer que ele teve seu ápice durante a década de 1990, período recheado de ótimos filmes que continuam relevantes e divertidos até hoje. Foi essa época que viu a consagração de grandes astros de ação, como Arnold Schwarzenegger, Jean-Claude Van Damme e Sylvester Stallone — nomes que seguem no mercado, mas longe de terem o mesmo prestígio de outrora.
Por outro lado, foi nessa mesma década que alguns atores começaram a se destacar, como Keanu Reeves e Will Smith. Keanu Reeves, inclusive, depois de alguns altos e baixos na carreira, volta neste ano com força total ao gênero de ação, com o lançamento, em maio, de John Wick 3.
Acompanhe abaixo uma seleção dos melhores filmes de ação da década de 1990, em ordem de lançamento, e prepare-se para uma overdose de testosterona.
1. O Vingador do Futuro
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Ano de lançamento: 1990
O Vingador do Futuro não é um típico filme de ação, muito por conta dos nomes envolvidos: baseado em um conto de Philip K. Dick, ele é dirigido pelo holandês Paul Verhoeven, que anos antes já havia misturado ação e sci-fi em RoboCop. Na trama, Arnold Schwarzenegger é um homem movido pelo desejo de visitar Marte, o que o leva a alterar suas memórias.
O filme, que conta também com Sharon Stone, tem vários momentos icônicos viabilizados por meio de efeitos visuais competentes, como a revelação do disfarce do herói na sua chegada a Marte e a apresentação de Kuato, um ser bizarro que vive na barriga de um guerrilheiro (?!). O Vingador do Futuro segue sendo uma obra essencial, tanto para amantes do gênero de ação quanto para os fãs de ficção científica.
2. La Femme Nikita
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Ano de lançamento: 1990
La Femme Nikita, que lançou a carreira internacional de Luc Besson, é infelizmente o único filme de ação desta lista protagonizado por uma mulher — uma tendência que perdura até hoje. E não se trata somente de ter uma mulher comandando a trama. A protagonista vivida por Anne Parillaud é uma autêntica anti-heroína, que começa o filme como uma viciada em drogas sem rumo na vida.
Ao longo da trama, Nikita se transforma em uma assassina profissional, mas sem deixar de lado certa fragilidade e uma moral duvidosa que a tornam uma personagem tão envolvente. O filme definiu o tom para uma nova leva de filmes franceses de ação e gerou duas séries nos Estados Unidos e um remake hollywoodiano — nenhuma dessas obras chegou perto do impacto da original.
3.Caçadores de Emoção
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Ano de lançamento: 1991
Caçadores de Emoção é possivelmente o filme da década de 1990 preferido de muita gente. Keanu Reeves é o agente do FBI infiltrado em uma gangue de ladrões liderada por Patrick Swayze, que nas horas vagas se diverte em esportes radicais e pega ondas. Muito da dinâmica aqui — com o agente da lei passando a nutrir certa admiração por seus investigados e o universo que os rodeia — seria aproveitado futuramente no primeiro Velozes e Furiosos, de 2001.
As máscaras de presidentes usadas pelos assaltantes se tornaram parte da cultura pop, a ponto de serem referenciadas em vários outros filmes e séries. Mesmo sendo um título essencialmente masculino, Caçadores de Emoção foi dirigido por Kathryn Bigelow, diretora que ficaria conhecida mais tarde por obras mais “sérias”, como Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura.
4. O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final
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Ano de lançamento: 1991
O Exterminador do Futuro 2 não é somente um dos melhores filmes de ação dos anos 1990… é um dos melhores filmes de ação já feitos. A sequência elevou (e muito) o nível do filme original, abusando dos efeitos especiais e, em uma sacada de mestre, invertendo o papel do Exterminador: antes o vilão do filme original, Schwarzenegger retorna aqui como o protetor de Sarah Connor e seu filho, John.
A relação do Exterminador com o adolescente é um dos pontos altos e, mais do que servir como alívio cômico, prova que boas caracterizações também fazem a diferença em títulos do gênero. De quebra, Exterminador do Futuro 2 também apresentou um dos vilões mais aterrorizantes da década: o androide feito com metal líquido T-1000, responsável por algumas das cenas mais icônicas.
5. Fervura Máxima
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Ano de lançamento: 1992
Fervura Máxima foi o último filme dirigido por John Woo antes de ele rumar para Hollywood e lançar títulos como O Alvo, A Outra Face e Missão Impossível 2. Protagonizado por Yun-Fat Chow, Fervura Máxima é uma celebração do estilo de Woo, com tiroteios em câmera lenta, violência exacerbada e, claro, o herói que carrega uma arma em cada mão — marcas que influenciariam para sempre o gênero.
As sequências de tiroteios em um depósito e uma maternidade seguem surpreendentes e insuperáveis quase 30 anos depois. A trama, que gira em torno de um policial tentando vingar a morte do parceiro, é apenas uma desculpa para explorar o talento de Woo para coreografar cenas de luta e tiro.
6. A Força em Alerta
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Ano de lançamento: 1992
Duro de Matar consagrou o subgênero do “exército de um homem só”, em que o protagonista é pego de surpresa e precisa encarar dezenas de bandidos em um ambiente confinado. Desde então, dezenas de outros filmes tentaram surfar na mesma onda. Boa parte deles são apenas imitações dispensáveis, mas A Força em Alerta é uma rara exceção.
Steven Seagal (em uma época em que ainda era levado a sério) é um cozinheiro que precisa deter um grupo de terroristas em um navio — o bando é liderado por ninguém menos que Tommy Lee Jones. A Força em Alerta provavelmente é o filme mais popular de Steven Seagal e chegou a ganhar uma sequência, passada em um trem.
7.O Alvo
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Ano de lançamento: 1993
O Alvo é o primeiro filme americano de John Woo e traz todo o peculiar estilo visual e pirotecnias do diretor, com direito a explosões e acrobacias em slow motion. Protagonizado por Jean-Claude Van Damme, no auge de sua carreira, o título é uma longa sequência de cenas absurdas de perseguição e de luta. Van Damme fica de pé em uma moto em movimento e, em uma cena ainda mais nonsense, “nocauteia” uma cobra com um soco.
Os personagens são caricatos e a história, rasa — um grupo de homens caça pessoas por esporte e acaba cruzando o caminho do protagonista. Mesmo assim, O Alvo é um daqueles típicos filmes B que divertem e entretêm por abraçarem o absurdo ao mesmo tempo que tentam soar sérios. Só isso explica, por exemplo, o mullet de Van Damme.
8. Risco Total
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Ano de lançamento: 1993
Um alpinista traumatizado por um acidente nas montanhas precisa encarar um grupo de bandidos atrás de maletas de dinheiro escondidas nas alturas. A premissa pode parecer bem rasa, mas a execução é competente, principalmente por levar a ação para um ambiente pouco explorado em filmes do gênero.
Com isso, o perigo que ronda Silvester Stallone vem não só dos homens armados com metralhadoras, mas também do risco de avalanches, tropeços e quedas mortais. Risco Total pode não ser um dos filmes mais lembrados do astro, mas, curiosamente, concorreu a três Oscars, todos em categorias técnicas, além de virar um jogo de videogame.
9. O Demolidor
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Ano de lançamento: 1993
A carreira de Wesley Snipes teve seu auge na década de 1990, mesmo que ele nunca tenha atingido a mesma popularidade de outros atores do gênero de ação, como Arnold Schwarzenegger e Jean-Claude Van Damme. Por isso, reuni-lo com o astro Sylvester Stallone e no papel de um vilão foi uma sacada e tanto. Apresentado em uma embalagem de ficção científica, O Demolidor é um filme que tem vários momentos galhofas, e parte de seu charme vem justamente desse tom mais cômico e despreocupado.
O título traz, ainda, Sandra Bullock como a parceira de Stallone. A dificuldade do protagonista de se ambientar naquele mundo futurista politicamente correto é o que dá corpo à trama, que conta com uma sequência de sexo (ou não) hilária, mais lembrada do que as trocas de socos e chutes entre Stallone e Snipes.
10. O Fugitivo
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Ano de lançamento: 1993
O Fugitivo é certamente um dos filmes mais envolventes da década de 1990 e prova que, em se tratando de títulos de ação, pirotecnias e lutas de faca nem sempre são necessárias. Harrison Ford, no papel de um médico acusado de matar a esposa, foge do estereótipo dos heróis do gênero, e é justamente sua fragilidade que dá autenticidade ao longa.
Tommy Lee Jones, por outro lado, representa um adversário à altura da determinação do protagonista, e a dinâmica entre esses dois personagens sustenta toda a trama, que guarda boas surpresas e reviravoltas. Se filmes “de perseguição” se tornaram um subgênero à parte, O Fugitivo merece estar no topo da categoria.
11. True Lies
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Ano de lançamento: 1994
Três anos depois do sucesso de Exterminador do Futuro 2, o diretor James Cameron volta à sua parceria com Arnold Schwarzenegger para prestar uma verdadeira homenagem aos excessos e clichês dos filmes de ação. True Lies não se leva a sério em momento algum, e talvez por isso seja tão divertido, em sua mistura de sátira e releitura das aventuras de espionagem.
A trama funciona bem justamente por deixar a típica ameaça terrorista em segundo plano por boa parte do filme e apostar na dinâmica entre Schwarzenegger e Jamie Lee Curtis — uma das mais hilárias sequências do longa é o strip tease que ela faz às cegas para o marido. True Lies também é um atestado do carisma de Schwarzenegger e sua desenvoltura para a comédia, que seria explorada em outros filmes (sem o mesmo sucesso, diga-se de passagem).
12. O Corvo
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Ano de lançamento: 1994
O Corvo é geralmente lembrado devido à morte trágica de seu protagonista, Brandon Lee, durante as filmagens. E é uma injustiça, já que o filme, uma adaptação sombria e adulta dos quadrinhos criados por James O’Barr, tem seus próprios méritos, e não são poucos. A jornada de vingança do protagonista ocorre em um universo gótico que abraça o sobrenatural mas mantém os pés no chão, embalada por uma trilha sonora impecável, com sucessos de bandas como The Cure e Stone Temple Pilots.
Brandon Lee está à vontade no papel do roqueiro que volta à vida para vingar o próprio assassinato e o da esposa, e seu visual, com casaco de couro e maquiagem pesada, marcou época. Ao contrário da maioria dos outros filmes da lista, O Corvo tem um tom pesado e, por vezes, quase brutal, o que faz com que não seja para todos.
13. Velocidade Máxima
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Ano de lançamento: 1994
Um ônibus precisa se manter acima dos 80 khttps://tm.ibxk.com.br/h pelas movimentadas ruas de Los Angeles. Se o velocímetro baixar dessa marca, o veículo explode, matando todos os passageiros. A premissa de Velocidade Máxima vai direto ao ponto e é uma desculpa eficaz para alguns dos momentos mais tensos do gênero de ação nos anos 1990. Sandra Bullock, como a motorista improvisada do ônibus, esbanja carisma, e a química com o herói, vivido por Keane Reeves, funciona bem.
Velocidade Máxima tem seus momentos nonsense — como quando o ônibus literalmente “voa” sobre um vão na pista —, mas, em geral, é uma aventura “pé no chão”, que funciona justamente por manter a ação em um ambiente tão confinado. O filme teve uma sequência, que trouxe Sandra Bullock de volta, trocou Keanu Reeves por Jason Patric e levou a mesma premissa para um transatlântico — obviamente, não funcionou.
14.O Profissional
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Ano de lançamento: 1994
O francês Luc Besson pode ter saído um pouco dos holofotes atualmente, mas deixou sua marca na década de 1990 com ótimos filmes nada convencionais, comoO Profissional, La Femme Nikita e O Quinto Elemento. Assistir à pequena Natalie Portman como uma jovem que procura a ajuda do assassino profissional vivido por Jean Reno é um presente para os fãs da atriz.
A dinâmica entre os dois é o ponto forte do filme, que traz ainda Gary Oldman em uma atuação propositalmente exagerada. Não é de se estranhar que algumas das cenas que abordavam a tensão sexual entre os personagens de Portman e Reno tenham sido cortadas da versão americana de O Profissional.
15.Morte Súbita
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Ano de lançamento: 1995
Morte Súbita é um dos pontos altos da turbulenta e inconstante carreira de Jean-Claude Van Damme. Trata-se de mais um filme na linha de Duro de Matar, em que um sujeito comum (mas com certas habilidades) precisa impedir sozinho um grupo de criminosos em um ambiente confinado — no caso, um estádio de hóquei, no meio da partida de uma final de campeonato.
A diferença aqui é que, ao contrário de outros longas de Van Damme, a ação é mais contida e realista, sem apelar para as acrobacias e os chutes giratórios pelos quais o ator ficou conhecido. Há um elemento adicional que aumenta a tensão: existe uma bomba no estádio, que será ativada assim que o jogo terminar. O herói precisa, portanto, correr contra o tempo, e o que se passa dentro da quadra entre os dois times afeta a batalha contra os criminosos.
16. Os Bad Boys
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Ano de lançamento: 1995
Os Bad Boys é uma espécie de releitura (pra não dizer imitação) de Máquina Mortífera, com os excessos do diretor Michael Bay. Afinal, trata-se de uma dupla disfuncional de policiais que, ao mesmo tempo que investiga um caso, precisa lidar com problemas de relacionamento e suas famílias.
O filme, no entanto, tem seu charme próprio, muito por conta da química entre seus protagonistas, vividos por Will Smith e Martin Lawrence. Assim como outros títulos desta lista, Os Bad Boys diverte não só devido às suas sequências de ação, mas também aos seus vários momentos cômicos. É um longa que não se leva a sério e faz questão de mostrar isso.
17. Duro de Matar 3: A Vingança
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Ano de lançamento: 1995
Nenhum filme da franquia conseguiu superar o primeiro Duro de Matar, de 1988; porém, se algum chegou perto, é este aqui. Ao jogar a ação para o meio de Nova York, em uma perseguição incessante de gato e rato, Duro de Matar 3 se transforma em um filme ainda mais caótico e movimentado do que os anteriores.
Ajuda (muito) a presença de Samuel L. Jackson, que se transforma em um parceiro improvável para Bruce Willis — não à toa, os filmes seguintes da franquia continuariam apostando na ideia de trazer “sidekicks” para o protagonista, sem muito sucesso. O vilão vivido por Jeremy Irons também é o melhor antagonista da franquia, depois do insuperável Hans Gruber, interpretado por Alan Rickman.
18. A Balada do Pistoleiro
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Ano de lançamento: 1995
A Balada do Pistoleiro é uma sequência deO Mariachi, filme de baixíssimo orçamento que Robert Rodriguez rodou praticamente por conta e acabou virando cult. A diferença aqui é que Rodriguez teve recursos suficientes para chamar atores de destaque — Antonio Banderas e Salma Hayek — e apostar em explosões e cenas de tiroteio bem coreografadas.
O resultado é um longa divertido e descompromissado, que deve muito ao carisma de Banderas e consagrou Robert Rodriguez como um dos diretores de filmes de ação mais originais de sua geração. O que dizer de um músico que carrega, no case do violão, armas e outros objetos mortais?
19. Independence Day
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Ano de lançamento: 1996
Existem inúmeros filmes sobre invasões alienígenas. No entanto, certamente nenhum tem a grandiosidade de Independence Day, um autêntico filme pipoca que marcou época com suas sequências espantosas que mostram as sombras dos discos voadores cobrindo cidades inteiras, bem como a destruição de vários ícones norte-americanos, como a Casa Branca e o Empire State.
O longa consagrou a imagem de Will Smith como um astro em ascensão, junto de um elenco de coadjuvantes carismáticos, interpretados por figuras como Bill Pullman e Jeff Goldblum. Há alguns momentos piegas e exageradamente ufanistas, como o discurso do presidente e a iniciativa dele de pilotar um avião, mas as batalhas aéreas ainda continuam impressionantes mais de 20 anos depois.
20. Missão Impossível
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Ano de lançamento: 1996
Fãs atuais da franquia, que se empolgam com as pirotecnias e cenas absurdas protagonizadas por Tom Cruise, certamente vão estranhar o tom bem mais contido e o ritmo lento do primeiro filme. Mas o fato é que Missão Impossível é uma pérola dos títulos de espionagem, que bate de igual para igual com qualquer aventura de James Bond.
O primeiro longa traz aquela que é certamente uma das sequências mais lembradas do gênero, em que o herói invade uma sala pendurado por cabos — a tensão e o suspense crescentes que envolvem a empreitada são uma marca registrada do diretor Brian De Palma. Os filmes seguintes podem ser mais movimentados, mas esse tem uma elegância e um charme que ainda não foram superados.
21. A Rocha
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Ano de lançamento: 1996
A Rocha é provavelmente um dos melhores — se não o melhor — filme de Michael Bay, um épico de ação que consegue manter a tensão até o fim, com a ajuda de um elenco refinado. A trama é mirabolante, mas chama a atenção de cara: um militar renegado faz reféns em Alcatraz e, para detê-lo, surge uma dupla improvável, formada por um químico e um ex-agente que foi o único homem capaz de escapar da prisão na ilha no passado.
A dupla de “mocinhos” é vivida por Nicolas Cage e Sean Connery, e a dinâmica entre os dois — o personagem de Cage nunca participou de qualquer ação militar — é o que torna o filme tão divertido e marcante. O vilão vivido por Ed Harris tem motivações coerentes e foge do estereótipo.
22. O Quinto Elemento
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Ano de lançamento: 1997
O Quinto Elemento, um filme de ação disfarçado de space opera, é certamente uma das produções de Luc Besson mais amadas pelos fãs. Colorido, exagerado e engraçado na medida certa, o longa é uma aventura leve com uma pegada autoral que o distancia de outras fantasias sci-fi que surgiram no cinema desde então.
Bruce Willis, Milla Jovovich e Gary Oldman encabeçam o elenco, que conta ainda com o comediante Chris Tucker. O Quinto Elemento parece uma adaptação de histórias em quadrinhos, muito antes de esse mesmo tom divertido e “para toda a família” fazer sucesso com os filmes da Marvel Studios.
23. Blade: O Caçador de Vampiros
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Ano de lançamento: 1998
Anos antes de as adaptações de histórias em quadrinhos virarem febre nos cinemas, Blade já mostrou que era possível lançar bons filmes baseados em personagens secundários e desconhecidos do grande público — no caso, um guerreiro da Marvel “meio vampiro” dedicado a caçar seus semelhantes.
Cheio de marra, municiado com espadas e roupas de coro, Blade é o personagem ideal para Wesley Snipes, que chegou a interpretar o anti-herói em mais duas sequências, uma delas dirigida por Guillermo del Toro. O filme mistura horror e ação de forma adequada e consegue entreter fãs dos dois gêneros.
24. Ronin
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Ano de lançamento: 1998
Filmes de espionagem nunca saem de moda, e é justo dizer que produções hoje celebradas, como a franquia Bourne e as últimas aventuras de James Bond, devem muito a Ronin, com sua pegada mais realista e o enredo misterioso, que não entrega tudo para o público. Robert De Niro vive um ex-agente da CIA que se une a outros sujeitos com habilidades ímpares para rastrear e roubar uma maleta.
As perseguições de carro — em especial a última, que se desenrola em meio a uma rodovia movimentada em um túnel — são celebradas até hoje como algumas das mais intensas já vistas no cinema de ação. Mérito do diretor John Frankenheimer, que transforma Ronin em um clássico “old school” de espionagem, que, mesmo assim, está longe de soar datado.
25. Matrix
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Ano de lançamento: 1999
O último filme desta lista é, sem dúvida, também o mais influente da década para o gênero de ação. Matrix consagrou a carreira das hoje irmãs Wachowski e de seu protagonista, Keanu Reeves. É tanto filme de ação quanto de ficção científica, que não subestima o público em momento algum. Pelo contrário: há um frescor de novidade ali que desde então foi pouco visto no cinema.
O figurino de couro, o bullet time, as sequências de luta… tudo em Matrix transpira originalidade. A mitologia do filme foi explorada em duas sequências (que ficaram abaixo do esperado), animações, histórias em quadrinhos e jogos de videogame. Matrix é a prova que um título de ação pode ser “cabeça” e que, de tempos em tempos, o gênero precisa ser reinventado para seguir relevante.
Este texto foi escrito por Rafael Waltrick via nexperts.
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