18 filmes amados pelo público que perderam o Oscar
Quando A Forma da Água levou o Oscar de Melhor Filme no ano passado, muita gente considerou injusto. Produções menos sensíveis e mais “pé no chão”, como The Post e Três Anúncios para um Crime, e outras com temáticas do tipo “dedo na ferida”, como é o caso de Corra!, poderiam facilmente se encaixar melhor no estilo de filme que normalmente leva a estatueta da principal noite de gala do cinema.
Apesar disso, é provável que, pelo tipo de produção, A Forma da Água tenha mesmo mais chances de conquistar o coração do público. Mas, nem sempre foi assim. Em muitas das edições, a Academia vai no sentido contrário do grande público e elege na premiação títulos que estão bem longe de serem os favoritos apontados nas bilheterias.
Nesses 17 casos que você vai acompanhar a seguir, encontram-se filmes que tinham tudo para vencer o Oscar, mas acabaram ficando para atrás na corrida pela premiação. Isso não os isenta, no entanto, de se tornarem grandes sucessos e verdadeiros clássicos do universo cinematográfico.
O mágico de Oz
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Não é que E o Vento Levou não tenha merecido um Oscar de Melhor Filme. O longa-metragem é, afinal de contas, um dos mais importantes clássicos do cinema. Mas, na 12ª edição da premiação, em 1940, o mundo estava apaixonado por Judy Garland em seu papel da jovem Dorothy, e a torcida era grande para que ela e seus amigos subissem ao palco.
Cidadão Kane
https://youtu.be/UkCSag29Mck
Filme obrigatório para todo estudante de Jornalismo, mas não apenas, trata-se de uma das obras-primas de Orson Welles, que corroteiriza, dirige e atua, sendo frequentemente considerado um dos mais importantes títulos da história do cinema. Em 1942, no entanto, o épico dirigido por John Ford, Como Era Verde o Meu Vale, foi o dono da premiação, em sua 14ª edição.
O Sol é Para Todos
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Se fosse atualmente, com a projeção e o espaço que os filmes com temáticas socioculturais como o racismo e o machismo vêm ganhando, é provável que o longa sobre um advogado branco defendendo um homem negro na corte tivesse mais chances de levar a estatueta. Especialmente contra um concorrente como Lawrence da Arábia, na edição de 1963, a 35ª da premiação.
A Primeira Noite de um Homem
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Dustin Hofmann protagoniza o filme que foi um dos responsáveis por lhe dar projeção na carreira, mas que infelizmente não conseguiu abocanhar a premiação. Em vez dele, quem levou o topo do pódio em 1968, na 40ª edição do prêmio da Academia, foi No Calor da Noite — um título que você provavelmente não conhece.
Todos os Homens do Presidente
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Outra bola na trave de Hoffman foi este longa que sem dúvida nenhuma é um dos melhores retratos históricos do escândalo de Watergate já feitos. Na 49ª edição da premiação, no entanto, em 1977, o mundo estava fascinado por Rocky, e a história de Sylvester Stallone realmente ofuscou as outras produções daquele ano. Não é que a premiação tenha sido injusta — muito pelo contrário! Contudo, Todos os Homens do Presidente é de fato um filme muito "oscarizável"!
Star Wars
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O que dizer dessa história que conhecemos pacas e consideramos mais ainda? Pois é, Star Wars é talvez o maior exemplo de todos de que não levar o Oscar significa um total de "vários nadas" quando se trata de popularização e carinho do público. E foi na 50ª vez que a estatueta de Melhor Filme foi entregue, em 1978, que esse clássico da ficção científica e aventura ficou a ver navios. Em seu lugar, o premiado foi Woody Allen, com Annie Hall.
Apocalypse Now
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Tudo bem que Dustin Hoffman merecia um hit depois de duas bombas — e, dessa vez, ele tinha Meryl Streep ao seu lado para garantir a dobradinha. E foi assim que Kramer versus Kramer levou para casa uma estatueta que podia muito bem ter ido para Apocalypse Now. E é bem provável que, hoje, o longa dirigido por Francis Ford Coppola e com Marlon Brando, Martin Sheen e Lawrence Fishburne seja mais conhecido e admirado do que o primeiro. Isso aconteceu em 1980, durante a 52ª cerimônia de entrega do Oscar.
Touro Indomável
https://youtu.be/thOa6jScFj4
Mais um clássico dos cinemas, o drama esportivo Touro Indomável é uma das principais obras de Martin Scosese, que além de dirigir está no elenco, ao lado de Robert De Niro. Em 1981, no Oscar de número 53, ele foi jogado para escanteio por conta deGente como a Gente, de Robert Redford.
E.T. - O Extraterrestre
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Esse vai doer no coração dos fãs da Sessão da Tarde que têm um carinho especial pelo alien mais amável do Universo. Quando o Oscar estava em seu 55º aniversário, a estatueta ficou com Ghandi, um filme que, aos poucos, foi caindo no esquecimento — bem diferente de ET. Desde 1983, ele foi eternizado no coração do público e se consagrou como uma das grandes referências cinematográficas do cinema dos anos 80, inspirando até hoje a ficção científica.
Feitiço da Lua
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Ter Cher e Nick Cage no elenco aparentemente não é suficiente para dar a um filme o direito de divar no tapete vermelho. Tudo bem que se trata de uma comédia romântica, e isso, por um lado, até torna mais fácil entendermos por que a Academia decidiu dar o prêmio a Bernardo Bertolucci, com O Último Imperador, em vez de entregar a Feitiço da Lua.
Pulp Fiction
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O ano era 1995, e os jurados da 67ª edição do Oscar provavelmente queriam poder cortar a estatueta pela metade e dar um pedaço para cada um dos concorrentes. Entre Pulp Fiction e Forrest Gump, a escolha era simplesmente impossível. Mas, em vez do gigante filme de Tarantino, a academia preferiu laurear o clássico estrelado por Tom Hanks. Nesse caso, ambos continuaram deixando sua marca na história. Bom para eles, bom para nós.
O Resgate do Soldado Ryan
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Por outro lado, outro grande filme de Tom Hanks também ficou de fora da lista de premiados. Em 1999, na 71ª edição do evento, foi a vez de O Resgate do Soldado Ryan perder o posto para, surpreendentemente, um romance. Naquele ano, quem levou foi Shakespeare Apaixonado. Foi mais um ano de frustração para Steven Spielberg, depois de E.T..
O Sexto Sentido
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Tudo bem que dar o prêmio principal do cinema internacional para filmes de terror e suspense sobrenatural não é nada comum. Mas, O Sexto Sentido merecia, né? Em pleno ano 2000, quando o suposto Bug do Milênio não impediu a realização da 72ª edição da cerimônia, a Academia preferiu aplaudir Beleza Americana.
Gangues de Nova York
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A saga de Leonardo DiCaprio para levar o homenzinho de ouro para casa talvez tenha começado bem antes do meme. Lá em 2003, o Oscar celebrava sua 75ª edição, mas o ano não foi de tanta festa assim para Gangues de Nova York. Em vez disso, a Academia preferiu dar o prêmio a outro longa-metragem: Chicago.
O Segredo de Brokeback Mountain
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As performances de Heath Ledger e Jake Gyllenhaal significaram muito para o cinema e para a presença de histórias LGBT nos cinemas. Mas não foi o suficiente para arrancar deCrash: No Limite a estatueta em 2006.
Sangue Negro
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Em 2008, foi a vez de os jurados da Academia votarem entreSangue Negro e Onde os Fracos Não Têm Vez. É claro que o Oscar ficou com o último, mas as duas obras de arte mereciam uma parte da estatueta naquela edição do Oscar.
A Rede Social
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Há quem acredite também que 2011 não tenha sido muito justo em termos de distribuição de envelopes. Afinal de contas, a versão de David Fincher sobre a história do Facebook é um belo relato histórico. Entretanto, não exatamente o tipo que a Academia mais gosta de reconhecer; naquele ano, o título ficou com O Discurso do Rei.
A Árvore da Vida
https://www.youtube.com/embed/PlxZOOEHK4o
Sim, há controvérsias. A Árvore da Vida é um daqueles filmes do estilo "ame ou odeie", mas também faz parte da categoria "difíceis de esquecer". Por outro lado, será que não podemos dizer exatamente o mesmo deO Artista, longa-metragem que levou o Oscar em 2012, no 84º ano do prêmio?
Este texto foi escrito por Lu Belin via nexperts.
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