Suspiria: A Dança do Medo cria atmosfera sinistra em companhia de dança (crítica)
Após realizar o conto de amor homossexual Me Chame Pelo Seu Nome, o diretor Luca Guadagnino apresenta seu novo trabalho com o terror Suspiria: A Dança do Medo.
O filme é um remake do longa-metragem de Dario Argento de 1977 e conta a história de uma jovem bailarina americana que entra para uma prestigiada companhia de dança, a Markos Tanz Company, em Berlim.
A Academia, no entanto, esconde grandes segredos, já que as diretoras da instituição fazem parte de um grupo de bruxas que usam os movimentos de dança como parte de um ritual sádico contra as dançarinas, especialmente aquelas que não alcançam a excelência.
Quando a protagonista Susie, interpretada por Dakota Johnson, chega à companhia e realiza o número “Volk”, a mais importante coreografia da Markos Tanz, ela chama a atenção das professoras e conquista o papel de destaque na próxima apresentação da escola.
Porém, em um estúdio espelhando dentro da própria Academia, a bailarina que é substituída por Susie sofre golpes físicos – de uma força invisível – a cada movimento da dança. Ao final da apresentação de Susie, sua vítima fica inteira quebrada e retorcida.
Guadagnino tira grande proveito das sequências de dança e tortura, explorando os movimentos das dançarinas em edição paralela com o terror das “vítimas” da escola, criando uma atmosfera verdadeiramente sinistra e com um efeito hipnotizador sobre os espectadores.
No entanto, Suspiria: A Dança do Medo poderia se beneficiar de um roteiro mais enxuto: as 2 horas e meia de duração deixam o filme arrastado, enquanto a narrativa se apresenta mais confusa do que o necessário. O resultado é uma obra ambiciosa, com pretensões artísticas, mas que acabará conquistando apenas uma parcela muito pequena de público.
https://youtu.be/O1_NryTJDGc
Suspiria: A Dança do Medo, com distribuição da PlayArte, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 11 de abril.
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