25 personagens mais emblemáticos da Pixar

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Imagem de: 25 personagens mais emblemáticos da Pixar

Nesta semana entra em cartaz em todo o Brasil Toy Story 4, o que marca o retorno da Pixar à sua franquia de maior sucesso de público e crítica. O primeiro Toy Story, de 1995, apresentou o estúdio de animação ao mundo, estabelecendo o padrão bastante alto de qualidade tanto nas técnicas de computação gráfica quanto no roteiro. A maior parte dos filmes é capaz de encantar o público infantil e adulto, uma combinação rara e que a maior parte dos concorrentes parece tentar replicar com bem menos sucesso.

Para celebrar esse lançamento, listamos aqui os mais emblemáticos personagens que a Pixar nos apresentou em seus longas-metragens nestes mais de 20 anos de trajetória. Não são necessariamente os que ganharam maior destaque ou os mais famosos, mas aqueles que, por algum motivo, mergulharam profundamente no inconsciente coletivo da cultura pop e se tornaram ícones de seu tempo.

25. Anton Ego, Ratatouille (2007)

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O crítico gastronômico que aterroriza os restaurantes franceses está nesta lista por dois motivos: o primeiro, mais óbvio, é que foi um dos últimos trabalhos do grande Peter O’Toole, ator de, entre outras coisas, Lawrence da Arábia; a segunda envolve a delicadeza de como é apresentada a sua relação com a profissão.

Em um olhar superficial, ele parece um homem mal-amado, que sente prazer não em comer, mas sim em destruir a reputação dos restaurantes que visita. Ledo engano. Ele é apaixonado por culinária em um nível que a maioria das pessoas sequer consegue compreender. Não é sua culpa que os chefs se tornaram tão pouco inventivos e com medo de arriscar.

24. Princesa Merida, Valente (2012)

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Merida, com voz original de Kelly Macdonald, é a primeira princesa da Pixar fazendo uma dura quebra de paradigmas dentro da Disney, a empresa que é dona do estúdio de animação e que construiu todo um império contando histórias de filhas de reis das fantasias.

A princesa escocesa, com seus cabelos ruivos rebeldes, sua paixão por arco e flecha e um corpo que não cabe no vestido, não tem o menor interesse em se casar e ser feliz para sempre. Não é difícil pensar que sem Merida não teríamos Elsa, de Frozen (2013), nem Moana, do filme de 2016 que leva seu nome.

23. James P. "Sulley" Sullivan, Monstros S.A. (2001) e Universidade Monstros (2013)

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A própria existência de Sulley é um pequeno milagre tecnológico. Cada pelo de seu enorme corpo, completamente recoberto, foi animado isoladamente, criando um efeito bastante realista, por mais contraditório que isso pareça, considerando que Monstros S.A. é um filme em que monstros de outra dimensão usam gritos de crianças assustadas para alimentar baterias de energia.

Sulley, vivido por John Goodman, passa por duras transformações, e a mais importante delas é aceitar se tornar coadjuvante depois de anos sendo simplesmente o melhor em seu campo de atuação, dando espaço para que seu melhor amigo possa brilhar em seu lugar.

22. Francis,Vida de Inseto (1998)

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Com voz original de Denis Leary, Francis é uma joaninha do filme Vida de Inseto. Apesar de ser macho, ele é sempre confundido com fêmea (em inglês a piada é mais direta, já que joaninha é chamada de ladybug, ou seja: lady inseto). A trama, diretamente influenciada por Os Sete Samurais (1954), de Akira Kurosawa, acompanha um grupo circense que é confundido com bravos guerreiros.

Nessa bagunça, eles precisam defender um formigueiro do ataque de gafanhotos. Francis, porém, tem o arco mais interessante, descobrindo um lado paternal na sua relação com formigas crianças que o adotam como mãe/pai.

21. Aliens,Toy Story 2 (1999) eToy Story 3 (2010)

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O trio de aliens resgatado de uma daquelas máquinas do jogo da garra que está em um Pizza Planet junta-se aos brinquedos de Andy no segundo filme da franquia. É uma oportunidade para os roteiristas brincarem ainda mais com a lógica dos brinquedos que ainda não reconhecem sua condição e acreditam na história dos personagens que representam (esse é o mote do primeiro filme, com Buzz acreditando ser um explorador espacial de verdade). Os pequenos bonecos verdes de borracha esperam um dia serem resgatados pela garra, criando uma espécie de religião organizada em torno dessa expectativa.

20. Bruce, Procurando Nemo (2003)

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A existência de Bruce, um tubarão-branco vegetariano, já é hilária; um dos maiores predadores do mundo se recusando a seguir seu instinto mais primal e preferindo seguir uma dieta de algas é um conceito que mais uma vez reafirma a inventividade da Pixar. Os cinéfilos, porém, ainda encontram outro motivo: ele se chama Bruce em referência ao nome usado por Steven Spielberg para se referir ao tubarão mecânico de seu clássico de 1975, Tubarão.

19. Gelado, Os Incríveis (2009) e Os Incríveis 2 (2018)

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Amigo e parceiro eventual do Senhor Incrível, Gelado é quem está mais tranquilo com a aposentadoria dos super-heróis, curtindo sua vida em grande estilo — com a ocasional noite de quarta, em que ele dá um jeitinho em alguns bandidos aqui e ali. Além de tudo, ele talvez tenha o dublador mais parecido com seu personagem em todo o universo da Pixar, ninguém menos do que Samuel L. Jackson.

18. Doc Hudson, Carros (2006)

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Carros é um raro filme da Pixar em que o equilíbrio de diversão para crianças e adultos não é atingido. Talvez por isso, inclusive, seja o maior sucesso de bilheteria e merchandising do estúdio. A trama é uma atualização de Dr. Hollywood: Uma Receita de Amor (1991), em que o figurão da cidade grande vai para o interior e aprende uma lição de humildade.

Quem ensina a lição ao jovem e arrogante carro de corrida Relâmpago McQueen é Doc Hudson, um corredor aposentado que agora trabalha como juiz da cidade. Quem dubla o personagem é o grande Paul Newman, que também foi piloto de corridas e apaixonado por carros. Com a morte do ator, em 2008, a Pixar resolveu que o personagem deveria morrer também, ao invés de receber outra pessoa para dublá-lo, o que é bastante respeitoso.

17. Dug, Up — Altas Aventuras (2009)

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Dug é um Golden Retrievier que é encontrado pela dupla de heróis do filme. Além de ter a personalidade comum dos cachorros de sua raça, ele tem uma coleira que traduz em palavras tudo o que ele pensa. Ele rouba a cena com seus pensamentos articulados e de uma simplicidade elegante. Menos quando vê um ESQUILO!

16. Boo, Monstros S.A. (2001)

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No universo de Monstros S.A. há a crença de que todo e qualquer contato direto com uma criança humana levará à contaminação e a doenças — é bastante próximo de uma usina nuclear, em que a fonte de energia é, ao mesmo tempo, um risco para a saúde humana.

Por um descuido, Boo vai parar no mundo dos monstros, causando caos por onde passa, mas também derretendo o coração de Mike e Sulley, quebrando alguns importantes preconceitos e revelando uma nova fonte de energia ainda mais poderosa e que não envolve tantos traumas infantis.

15. Edna Mode, Os Incríveis (2009) e Os Incríveis 2 (2018)

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A estilista de moda responsável pela confecção dos uniformes dos super-heróis rouba a cena no primeiro filme com seu jeito debochado e sarcástico. No segundo, porém, não tem para ninguém. A sequência em que ela descobre que Zezé, o bebê da família Incrível, tem bem mais poderes do que parece, o que torna a criação do uniforme um desafio todo novo, é impagável. Uma curiosidade: quem faz a voz de Edna é o próprio Brad Bird, diretor dos dois filmes. E falando no Zezé…

14. Zezé, Os Incríveis (2009) e Os Incríveis 2 (2018)

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Para sermos justos, não é exatamente no primeiro filme que Zezé brilha, mas sim no curta que veio com os DVDs, Zezé Ataca!, no qual vemos as agruras da pobre babá que fica responsável por cuidar do bebê da família Incrível enquanto os outros estão na ilha lutando com Síndrome.

No segundo filme, porém, Zezé ganha seu merecido destaque, tornando seu pai bastante orgulhoso por ter mais um filho superpoderoso e causando toda sorte de caos e destruição no caminho ao enfrentar um perigoso guaxinim.

13. Carl Fredricksen, Up — Altas Aventuras (2009)

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Up começa com um dos momentos mais impressionantes, do ponto de vista cinematográfico, produzidos pela Pixar. Em poucos minutos, conhecemos toda a vida de Carl Fredricksen e sua falecida esposa, Ellie, praticamente sem diálogos. Um feito! Rapidamente aprendemos o que deixou o personagem tão ranzinza e, ainda assim, adorável.

Há ainda outro motivo de seu carisma, ao menos no Brasil. A dublagem nacional é de ninguém menos do que Chico Anysio, tornando-se um raro caso de uma voz mais adequada do que a original, de Ed Asner.

12. Tristeza, Divertida Mente (2015)

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Divertida Mente, no fundo, é um "filme de busca", quando os personagens precisam ir do ponto A ao ponto B — de Rastros de Ódio (1953) a Senhor dos Anéis — e o percurso simboliza o amadurecimento deles. Mas o que impressiona é como essa história está a serviço da representação do trauma de Riley de sair de sua confortável cidade do interior e se mudar para São Francisco.

A apatia só funciona porque ela é incapaz de demonstrar seus sentimentos, entre eles a Tristeza, que precisa aprender seu valor no amadurecimento emocional. É importante se sentir triste, e poucos filmes e personagens mostram isso de uma forma tão radical e delicada quanto a Tristeza de Divertida Mente.

11. Espeto, Toy Story 3 (2010)

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O porco-espinho de pelúcia que se vê como um ator shakespeariano leva muito a sério o papel de brinquedo. De certa forma, ele representa a capacidade das crianças de mudarem a história durante o brincar, mas sua principal função é o alívio cômico de vê-lo tentando encontrar a "motivação" dos personagens que terá que interpretar nas mãos que o manipulam. A cereja do bolo é a voz original de ninguém menos que Timothy Dalton, o terceiro 007.

10. Bing Bong, Divertida Mente (2015)

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Quem guia Tristeza e Alegria pelo inconsciente em Divertida Mente é Bing Bong, seu amigo imaginário. O filme, no fundo, representa o processo de amadurecimento de Riley e parte disso está em deixar elementos centrais da infância para trás. Por isso a despedida de Bing Bong no meio do filme é um dos momentos mais tristes que a Pixar já produziu, comparável ao final de Toy Story 3. Chega a ser curioso que a voz seja de Richard Kind, ator com uma carreira bastante sólida na comédia e sem muitas cenas dramáticas em seu currículo.

9. Russell, Up — Altas Aventuras (2009)

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Russell é tudo o que a vida tirou de Carl com a morte de Ellie: um jovem escoteiro, curioso, falante e aventureiro; tudo o que Fredricksen já foi um dia, mas não consegue mais. É daí que vem o charme do personagem, responsável, junto de Narceja e do cão Dug, pelos melhores momentos de humor do filme.

8. Michael "Mike" Wazowski, Monstros S.A. (2001) eUniversidade Monstros (2013)

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Mike, com voz original de Billy Crystal, é a verdadeira alma dos dois filmes. Incapaz de assustar alguém, nem quando sua vida depende disso, sempre atuando mais como um assistente para o monstro verdadeiramente assustador, Sulley. Ao longo do primeiro filme, ele descobre que tem um talento único para arrancar gargalhadas das crianças, o que o torna um funcionário ainda mais eficiente do que seu amigo peludo.

7. Helena Pêra/Garota Elástica, Os Incríveis (2009) eOs Incríveis 2 (2018)

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No primeiro filme, Helena Pêra representa a dona de casa que precisa se desdobrar para conseguir cuidar da casa — na verdade, todos os poderes são um comentário sobre o papel social de cada pessoa em uma família. No segundo filme, porém, é ela quem participa de missões e garante o ganha-pão, o que rende, inclusive, uma das melhores cenas de ação dos cinemas em 2018, em que ela usa uma moto para perseguir um trem-bala. Dizer que é uma sequência incrível simplesmente não faz jus.

6. Alegria, Divertida Mente (2015)

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Com voz original de Amy Poehler, Alegria comanda o show dentro da cabeça de Riley, mas tem que aprender a dividir o espaço com a Tristeza. É bastante impressionante ver como a compreensão dela em relação ao seu lugar na cabeça da protagonista casa perfeitamente com o fim da apatia gerada pelo processo depressivo da criança. É um dos mais bem-acabados roteiros da Pixar e que só funciona pela forma como a Alegria é conduzida pela trama.

5. Buzz Lightyear, Toy Story (1995), Toy Story 2 (1999) e Toy Story 3 (2010)

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Buzz é quem nos guia pelo universo de Toy Story ao longo do primeiro filme. Recém-saído da caixa, ele acredita que é Buzz Lightyear, o aventureiro intergaláctico que enfrenta o Imperador Zurg, e não apenas um dos muitos brinquedos do quarto de Andy. Essa confusão de identidade ajuda a estabelecer o drama, mas também rende excelentes momentos cômicos, especialmente os que envolvem a frustração de Woody, acostumado a ser o brinquedo favorito.

4. Remy, Ratatouille (2007)

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Pode ser um choque para muitas pessoas, mas o ratinho cozinheiro não se chama Ratatouille; esse é o nome do prato típico do interior da França que ele cozinha para o crítico Anton Ego. Seu nome é Remy e sua voz original é do comediante Patton Oswalt. O absurdo de sua existência, de ser um rato e gostar de fazer comida — e não qualquer comida — em um mundo humano é uma das ideias mais inventivas da Pixar até hoje.

3. Dory, Procurando Nemo (2003) e Procurando Dory (2016)

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Uma pessoa muito esquecida é uma Dory; se alguém fala devagar, está conversando em baleiês. Quantos personagens do cinema afetam o vocabulário e a forma como as pessoas se comunicam? O impacto de Dory é imenso e acontece por uma rara combinação de bom roteiro, direção e escolha certa para o elenco, no caso, a voz de Ellen DeGeneres, hoje a mais poderosa apresentadora de talk show da TV americana.

2. Woody, Toy Story (1995), Toy Story 2 (1999) e Toy Story 3 (2010)

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Woody é um cowboy de pano e com uma corda que, ao ser puxada, faz que ele diga uma série de frases, todas, é claro, com a voz de Tom Hanks. Ele é o primeiro grande personagem da Pixar, com coração heroico, mas também cheio de medo de perder o lugar de destaque entre os brinquedos de Andy. Líder nato, guia o grupo por uma série de aventuras; a maior delas (até agora, pelo menos) é a perspectiva do abandono no terceiro filme, já que Andy está indo para a universidade.

1. WALL-E, WALL-E (2008)

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Sozinho na Terra, responsável por tentar organizar a bagunça que os humanos deixaram para trás, WALL.E desenvolve um universo próprio. Figura chapliniana, ele navega por este mundo se maravilhando com os restos de nossa cultura, tentando entender como as coisas funcionavam quando o planeta era habitado. Tudo o que ele quer é uma companheira para chamar de sua, alguém para dividir seu tempo e espaço, o que ele encontra em EVE. Em muitos sentidos, o pequeno WALL.E é o mais humano de todos os personagens da Pixar e dificilmente será superado.

Este texto foi escrito por Luiz Gustavo Vilela Teixeira via nexperts.

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Fontes

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