Rami Malek se recusou a interpretar vilão com questões religiosas em 007
Antes de concordar em interpretar um terrorista no próximo filme de James Bond, Rami Malek (Bohemian Rhapsody) quis uma garantia do diretor Cary Fukunaga de que o personagem não seria árabe nem um religioso fundamentalista, de acordo com o tablóide britânico Daily Mirror.
Malek, que é filho de egípcios, disse que está muito animado com o personagem, mas que a questão ideológica do vilão era importante para ele. O ator chegou a afirmar ao diretor que sairia do filme caso a sua origem étnica tivesse sido a motivação principal para ter sido escolhido para dar vida ao vilão.
"É um ótimo personagem e estou muito animado, mas isso foi uma coisa que discuti com o Cary [Fukunaga]. Falei: 'Não podemos identificá-lo com atos de terrorismo que reflitam uma ideologia ou uma religião. Isso não é algo que eu faria como entretenimento, então se é por isso que sou sua escolha, pode me cortar'", declarou o ator.
O ator explicou que só aceitou o papel por essa não ser a visão que Fukunaga queria dar ao personagem; ainda elogiou o roteiro e falou da responsabilidade que sentiu ao ser escolhido para ser o inimigo de 007.
"É um roteiro extremamente inteligente, no qual descobriram exatamente o que as pessoas querem nesses filmes", disse ele. "Mas sinto um peso substancial nos meus ombros. Quero dizer, Bond é algo com o qual todos nós crescemos".
Rami Malek ganhou vários prêmios neste ano por sua atuação como Freddie Mercury no filme biográfico Bohemian Rhapsody, incluindo o Oscar de Melhor Ator, o Prêmio do Sindicato dos Atores e o BAFTA.
O próximo filme de James Bond, que vem sendo conhecido como Bond 25 por marcar a 25ª edição da franquia, está previsto para chegar aos cinemas no dia 8 de abril de 2020.
Este texto foi escrito por Rafaela Ferreira da Silva via nexperts.
Fontes
Categorias