The Handmaid's Tale: sob o olhar Dele no episódio 3x07 (recap)
Atenção! O texto a seguir relata os acontecimentos do episódio 3x07 de The Handmaid's Tale.
O episódio começa com as aias alinhadas ao longo de cordas e Tia Lydia gritando “pelas mãos dele, levantar”. Logo, percebemos que a corda que elas estão puxando servirá para enforcar os “traidores”. Depois do ritual, todas se dispersam.
As servas montam um esquema para que June consiga encontrar a Martha que cuida de sua filha, Hannah. A aia deseja vê-la mais uma vez, mas a amiga responde que “Agnes” está indo muito bem na escola. June se zanga: “uma escola que cortaria seu dedo por ler”. Ela realmente acredita que o comandante pode colocá-las para fora de Gilead, mas a Martha não quer colocar a criança em um perigo tão grande. Então, June diz que voltou de seu quarto enforcamento da semana e interroga “você acha que vai melhorar?”.
Relutante, a mulher confirma o local da escola de Hannah e fornece o nome de um guarda que irá ajudá-la. Uma cena-chave dá pistas de que as nossas desconfianças a respeito de Ofmathew, nova companheira de June, não são em vão.
O debate a respeito do destino do bebê, Nichole, continua. No Canadá, Emily é entrevistada pelo mesmo comitê que conversou com June e negou o acordo que ela propôs no episódio anterior. Emily precisa responder às acusações que Gilead tem contra ela. Sylvia ouve todas as confissões e, assim que o interrogatório termina, de forma compreensiva, ela diz que Emily “não precisa lidar com todas essas coisas sozinha”.
Mais tarde, em um café, Emily encontra Moira. As duas conversam sobre antigos lugares que costumavam frequentar. No momento em que Emily revela que frequentava Harvard, Moira se esforça para tentar encontrar amigos em comum: “como não temos nenhum amigo gay em comum?”, ela indaga, “tenho certeza que é a primeira vez que isso acontece em toda a história lésbica”.
Moira se lembra de um protesto e se apressa para sair; Emily a acompanha. As duas acabam presas, mas toda a situação é interessante para mostrar o desenvolvimento da personagem. Foi bom ver a superfície reativa dela, não apenas sua timidez. Ainda que a calmaria adquirida por Emily seja um dos pontos fortes da temporada, foi importante ver que ela está em um processo de recuperação apesar de todos os traumas irreversíveis que sofreu.
Em Gilead, June engana Eleanor Lawrence para que ela a acompanhe até o local onde está Hannah. Entretanto, quando elas chegam, o guarda que a Martha havia indicado não está lá. Eleanor tentar entrar na escola para ajudar June. Enquanto isso, a aia contorna o local e ouve a voz de Hannah. De repente, em meio a lágrimas e lembranças de um tempo melhor, ela é puxada para a entrada onde Eleanor está apavorada por ter sido deixada ali sozinha e deseja voltar para casa. Provavelmente, June prejudicou sua relação com o comandante Lawrence, o único homem com poder e influência que estava disposto a auxiliá-la.
Serena continua se aproximando de Fred na esperança de que ele possa trazer Nichole de volta. Mas, tendo em vista o que ela disse no baile quase no final do episódio — sobre os homens sempre ficarem com o crédito das coisas que elas realizam —, não podemos nos deixar levar por esse teatro. É como o que June disse a Serena: ela nunca conseguirá fugir do que Gilead criou.
O episódio termina onde começou: em um enforcamento. Dessa vez, a Martha de Hannah aparece em frente às aias. “Hoje nós purificamos o mais grave dos pecados... a ameaça à criança sagrada”, diz Tia Lydia. A cena inicial se repete com as servas puxando a corda e depois a soltando. Enquanto todas se dispersam, Ofmathew sussurra para June: “você deveria estar grata”. June tira o chapéu de aia e ataca a traidora; as outras a seguram, e ela se debate furiosa.
Este texto foi escrito por Amarílis Virgínia Ferreira via nexperts.
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