I Am Not Okay With This: superpoderes e angústias adolescentes
Em um primeiro momento, a nova série "adolescente com superpoderes" da Netflix, I Am Not Okay With This, seria um tipo de parceira natural para Stranger Things. Ambas as produções trazem jovens garotas com poderes estranhos, têm uma vibe oitentista (apesar de contemporâneas) e, além disso, compartilham produtores.
Em I Am Not Okay With This, o telespectador acompanha Syd (Sofia Lillis), de 17 anos, que, além de precisar lidar com a vida social do ensino médio e com o suicídio do pai, também tem que aprender a compreender algumas descobertas misteriosas.
Syd também não faz a mínima ideia de como interagir com garotos e garotas de sua faixa etária. Não é que ela não queira, é que simplesmente não consegue ter sucesso em suas tentativas.
A única pessoa com a qual consegue manter um contato social sem grandes problemas é com Dina (Sofia Bryant), sua melhor amiga. Mas com o namoro de sua best friend com o insuportável Brad (Richard Ellis), ela termina ficando um pouco de lado.
Sem saber como encarar seus próprios complexos, os sentimentos de ciúme e sua insegurança, Sydnei acaba criando uma amizade com seu vizinho Stanley (Oleff) que, apesar de parecer um “sem noção” inicialmente, rapidamente demonstra ser a única pessoa que realmente tem um interesse puro por ela, além de Dina, é claro.
E no meio dessa turbulência envolvendo complexos e sentimentos é que Syd, literalmente, é forçada a lidar com a descoberta de que é dona de poderes telecinéticos que, muitas vezes, atuam sem que ela queira.
O mais interessante em I Am Not Okay With This é que Sydnei não tem nenhuma base sobre como controlar seus poderes ou para quem pedir ajuda. Como se isso já não fosse complicado o suficiente, a manifestação de suas habilidades parecer ser algo intimamente relacionado com suas emoções.
E é isso que traz um ar diferenciado a essa série. Aqui, as preocupações parecem estar mais concentradas nos sentimentos e emoções que a personagem central está passando do que em como ela pode usar seus poderes.
Fica a sensação de que a manifestação conturbada dos poderes de Syd atua bem como uma analogia a sua própria turbulência emocional. Não se trata de simples descobertas e demonstrações frias de poder, mas, sim, de como algumas lutas da vida podem afetar a nossa saúde mental e nos fazer perder o controle, destruindo as coisas ao nosso redor.
E você, o que achou da série? Conte para nós!
Texto escrito por Denisson Antunes Soares via Nexperts.
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