Indicação da Semana #7: Vis a Vis surpreende em meio a comparações
Nos últimos anos, as séries fora do eixo anglófono surpreenderam os espectadores do mundo todo. Aqui no Brasil, apesar da produção local nos atingir de uma forma ainda menos expressiva do que a internacional, de vez em quando, entramos em contato com produções fora do convencional que também primam pela qualidade e pela excelente narrativa.
Vis a Vis talvez seja um desses exemplos. Ao chegar na Netflix, entretanto, com suas quatro temporadas, viu sua reputação ser comparada constantemente a um outro produto: Orange is the New Black. Mas a obra, que inclui Álex Pina, o mesmo criador do sucesso La Casa de Papel, consegue ir além. Por esses e outros motivos, confira a nossa indicação da semana desta sexta-feira!
Uma comparação (quase) inevitável
Criada também por Daniel Écija, Iván Escobar e Esther Martínez Lobato, logo em sua estreia, Vis a Vis chamou a atenção do público com essa comparação inevitável. O produto se assemelhava a um dos primeiros sucessos originais da Netflix, que na época ainda era uma plataforma de streaming que, aos poucos, conquistava o mercado com suas produções próprias.
Estamos falando do ano de 2015, quando o canal espanhol Antena 3 estreou a 1ª temporada da atração.
Embora neste mundo televisivo essas comparações possam até ajudar as produções a se firmarem perante o público, o talento dos roteiristas aliado à direção competente e a montagem dos episódios fez toda a diferença para Vis a Vis.
A série tem uma alta qualidade que surpreende positivamente. Ela apresenta tramas intrincadas que mostram sua conexão e se resolvem com plenitude; tudo isso com um tom de suspense, capaz de prender os espectadores na frente da TV.
O renascimento
Diferente da série de tom cômico da Netflix, Vis a Vis é um suspense que segue a presidiária Macarena Ferreiro (interpretada por Maggie Civantos) quando ela é presa por conta de seu ex-amante. Pois é, mesmo apresentando uma premissa bem parecida com a de Orange is the New Black, a série espanhola consegue se distanciar a partir desse momento.
As desventuras de Macarena na Penitenciária de Cruz del Sur se mostram extremamente conflituosas, além de ela se ver cercada de armadilhas e situações que lhe rendem impasses.
Ao longo das duas primeiras temporadas, vemos o amadurecimento da narrativa, com pontos extremamente fortes no que tange às relações que os personagens vão construindo ao longo dos episódios.
É uma trama pesada, mas muito bem orquestrada e amarrada e que vai se distanciando cada vez mais daquilo que, muito provavelmente, fora a inspiração de seus criadores.
Quando aparentemente encerrada, a série retornou na Fox Espanha, mesmo com todas as dificuldades de retomada da produção. Alguns membros do elenco principal não puderam retornar devido a outras produções em que se envolveram e os desfalques levaram a série a ruir em sua trajetória, até então, irretocável.
Contudo, mesmo com esses percalços, os episódios continuaram interessantes e o sucesso rendeu à série o anúncio da derivada Vis a Vis: El Oasis, focando nas personagens de Macarena e Zulema (Najwa Nimri). Não à toa, Vis a Vis continua no top 10 da Netflix há semanas.
Você daria uma chance a essa série? Não deixe de nos contar pelos comentários!
Texto escrito por Matheus Rocha da Silva via Nexperts.
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