MILF: filme da Netflix traz questões controversas de forma leve (CRÍTICA)
A palavra MILF é um acrônimo para a expressão em inglês "mom I’d like to fu**", algo como “mãe com quem eu adoraria transar”. Isso por si só já levanta uma questão bem polêmica, pois alguns acreditam que a palavra é um "elogio" para mulheres com mais de 40 anos, enquanto outros a enxergam como uma ofensa machista e cafajeste.
De qualquer forma, essa comédia ensolarada e cheia de boas vibrações da Netflix vem em um momento ótimo para levantar nosso astral, já que estamos nas sombras de uma pandemia.
As belezas da vida no filme MILF da Netflix
MILF é um filme de Axelle Laffont, que vive Elise na trama, estreia na direção e também é roteirista junto com mais sete pessoas, o que faz do filme uma espécie de samba-enredo.
Lançado de forma leve, sem nenhuma pretensão a não ser o entretenimento, MILF traz alguns temas interessantes, como o desejo feminino, ou melhor, a sua existência, tantas vezes negada, em direção ao sexo oposto (e mais jovem), desafiando preconceitos milenares.
As personagens principais, Sonia, Cécile e Elise, são três balzaquianas cheias de, digamos, tesão, mas não apenas no sentido sexual da palavra. Estamos falando de tesão existencial também, já que as mulheres são abertas às belezas da vida, incluindo belos rapazes que aparecem fora daquele protótipo machista que estamos acostumados a ver nas telas e na vida.
MILF traz muita curtição e good vibes
Por essas descrições, já dá para sentir que o filme não se propõe a trazer, necessariamente, uma profundidade filosófica ou política no enredo. MILF tem mais a ver com experiências de vida E podemos acrescentar: ainda bem. É apenas a história de três amigas de infância que estão numa bela praia para vender um imóvel deixado pelo marido de uma delas enquanto vivem livremente.
Logo, três moços se aproximam, se interessam por elas e iniciam uma série de encontros, bebedeiras e transas. O filme tem algumas cenas de nudez e erotismo, aliás. Nada à la 365 DNI, todavia.
Saudade de uma praia, né, minha filha...
Apesar de ser um filme só de curtição, sem “seriedade”, os personagens são bem construídos, os atores atuam de forma muito apaixonada e a fotografia e os cenários são muito bonitos.
O filme não foi muito bem recebido pela crítica, obtendo desde o seu lançamento apenas 17% no “Tomatometer”, o índice classificatório do site Rotten Tomatoes que avalia séries e filmes. O índice de aprovação do público está em 33%.
Ainda assim, quem estiver disposto a “tirar umas férias” da pandemia, pode encarar esse passatempo, sabendo que se trata disso mesmo: apenas alguns momentos agradáveis ao lado de gente bonita.
Texto escrito por Jorge Marin via Nexperts.
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