Netflix: Oferenda à Tempestade revela segredos, mas não empolga (CRÍTICA)
Depois de Guardião Invisível e Legado nos Ossos, ambos disponíveis na Netflix, chega ao streaming o filme Oferenda à Tempestade, que fecha a chamada Trilogia Baztán, baseada nos best-sellers da escritora espanhola Dolores Redondo. O filme chega com a responsabilidade de fechar vários mistérios que ficaram para trás.
Diferente de Legado nos Ossos, percebe-se que a história é uma continuação do filme anterior, isso significa que o espectador interessado em saborear completamente a história deve assistir ao Legado antes. Fica a sugestão!
A trama do filme Oferenda à Tempestade
A história começa com um bebê sendo sufocado, o que é o ponto de partida para mais uma investigação de Amaia Salazar (Marta Etura), pronta para enfrentar os pesadelos do seu passado e os segredos do Vale de Baztán.
Logo ficamos sabendo que o bebê da própria Amaia está com 5 meses, sendo cuidado pelo pai James (Benn Northover) e a Tia Engrasi (Irziar Aizpuru). Isso significa que é um momento péssimo para ela desvendar o desaparecimento de vários bebês que supostamente teriam sido sacrificados em um ritual de magia.
Como nos dois primeiros filmes, Amaia liga o assunto à morte inexplicada de sua irmã gêmea, suspeitando que ela tenha sido vendida pelos pais. A inspetora também continua buscando o corpo da mãe desaparecida no dilúvio no final do segundo filme, mas tem a firme convicção de que ela ainda está viva.
Na busca por respostas para o caso, Amaia acaba se envolvendo, talvez mais do que deveria, com o juiz Markina (Leonardo Sbaraglia), a quem ela tenta convencer a abrir os caixões dos bebês que morreram por mortes no berço. Ela está certa de que os caixões estão vazios, mas ele não autoriza.
A resolução da trilogia Baztán
Após sofrer a perda terrível de um dos membros da equipe, Amaia se consola com o belo juiz enquanto seu marido e filho estão na França. Curiosamente, essa situação conduz à resolução do caso.
Começamos a nos cansar quando, depois de uma hora e meia, a história cresce e, em uma cena ótima no cemitério, o confronto final acontece. Após muitas mortes, a verdade é revelada e o mal exposto, embora não surpreenda. Os mistérios da irmã e da mãe de Amaia também são esclarecidos.
Terminada a trilogia, o que fica é uma grande admiração por Marta Etura. Ela constrói uma personagem brilhante, amorosa, com defeitos e, em todos os sentidos, marcante. O diretor Fernando González Molina entrega uma história sombria (inclusive visualmente), um pouco lenta, mas bem melhor do que as dos filmes anteriores.
Texto escrito por Jorge Marin via Nexperts.
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