Ficção científica é um gênero que exige muitos efeitos especiais, não é mesmo? Talvez você pense assim se considerar apenas os grandes filmes do cinema mundial, mas quem é fã desse estilo em outras mídias sabe bem que há muitos autores que conseguem fazer com que qualquer pessoa mergulhe fundo nas histórias, apenas com palavras. Autores como Philip K. Dick, Arthur C. Clarke, Mary Shelley, Isaac Asimov e Ursula K. Le Guin fizeram isso com livros. E agora também há exemplos incríveis disso no mundo dos podcasts.
E não dá para citar essa plataforma sem falar do podcast sci-fi que foi direto para os ouvidos de muita gente: Paciente 63, que é uma áudio série imperdível. Na história, a médica psiquiatra Elisa Amaral (Mel Lisboa) é colocada em frente a um paciente que afirma ter vindo do futuro. Pedro Roiter (Seu Jorge) é esse homem, que afirma ter a chave para salvar a humanidade de uma grande e contínua pandemia que vai nos dizimar até 2060.
(Para conferir a imagem ampliada, clique aqui)
Agora em 2022 vamos receber a segunda temporada de Paciente 63 e se você ainda não ouviu a primeira, clique aqui para ir direto até ela e ficar por dentro de uma das melhores histórias de ficção científica dos últimos anos. Inclusive, se esse é o seu caso, recomendamos que você salve esta página nos seus favoritos e vá ouvir os episódios antes de continuar lendo esta matéria, porque daqui para frente você pode encontrar alguns spoilers. E você ainda pode ouvir o resumo da primeira temporada aqui.
: : : : : ALERTA DE SPOILERS : : : : :
Paciente 63: a segunda temporada
A superprodução protagonizada por Mel Lisboa e Seu Jorge terá sua segunda temporada disponibilizada em 8 de fevereiro. O podcast de ficção científica que chegou ao topo dos charts em 2021 é uma produção original do Spotify. Agora, vamos conferir algumas das grandes questões levantadas pela primeira temporada e que queremos ver as respostas nos próximos episódios a serem lançados de Paciente 63. E você ainda pode ouvir diretamente aqui embaixo:
1. O que aconteceu no aeroporto?
No final da primeira temporada, Elisa Amaral segue Maria Cristina Borges (a Paciente Zero, interpretada por Lavinia Lorenzon) até o banheiro do aeroporto. Ela tinha a missão de deter a passageira e impedir que ela chegasse a Madri, onde o vírus que ela carregava começaria uma nova pandemia perigosíssima.
Pouco depois, ficamos sabendo que a psiquiatra acorda algemada e é levada para o mesmo hospital psiquiátrico em que trabalhava. O mais curioso: Pedro Roiter é o médico responsável por ela e ele afirma que os dois estão em 2012. Dez anos antes!
A segunda temporada de Paciente 63 vai nos contar o que acontece naquele aeroporto? Será que Elisa Amaral conseguiu fazer o que precisava para impedir o embarque de Maria Cristina — mesmo que isso resultasse em algo pouco benéfico para a irmã da psiquiatra? E mais… será que Elisa realmente voltou 10 anos no tempo?
2. Se as viagens no tempo são reais, Elisa e Pedro são as constantes da humanidade?
Quem assistiu à série Lost sabe muito bem que todo mundo que viaja no tempo precisa encontrar uma constante nas linhas temporais para conseguir sobreviver. Em Paciente 63, a constante de Pedro Roiter parece ser Elisa e o final da primeira temporada nos mostra que essa recíproca é mais que verdadeira. A tese é levantada também quando começamos a nos perguntar se eles podem se amar em todas as linhas do tempo.
Com isso, surge a segunda questão primordial a qual queremos ouvir uma resposta: essa necessidade mútua significa que somente com o sacrifício deles é que teremos a solução?
Se sim, em breve saberemos que toda a persistência da humanidade na Terra é dependente dos encontros dos dois em diferentes linhas do tempo.
3. E o Efeito Garnier Malet?
Paciente 63 fala sobre viagens no tempo, mas não usa máquinas como as de H.G. Wells. Na verdade, aqui temos algo mais parecido com o que Ursula K. Le Guin nos conta em A Curva do Sonho. Mas enquanto no romance da autora os sonhos de alguns são capazes de alterar realidades em uma cronologia linear, na audiossérie os sonhos permitem que viajemos por realidades paralelas e nos encontremos em outras linhas temporais.
Vale dizer que esse “desdobramento” é uma consequência, não uma causa. Portanto, sonhar não faz com que outro de você exista, mas permite que você se encontre em outra linha que já existe por causa de uma volta no tempo anterior. Se você quiser relembrar como Pedro Roiter conta isso, basta ir até o episódio 4 da primeira temporada e começar a ouvir a partir dos 7 minutos.
Pois bem… sabemos como o efeito funciona e como ele é abordado em Paciente 63. E isso nos leva a duas dúvidas que queremos responder após ouvir a segunda temporada da série. A primeira é: Elisa vai passar a ter acesso a si mesma a partir de eventos Garnier Malet? A segunda é: Elisa e Pedro podem acessar memórias e realidades anteriores ao momento em que se conheceram?
Esta segunda é muito importante para que saibamos se os dois são “somente” os responsáveis por salvar a humanidade ou se também podem ser os responsáveis por alguns dos eventos que causaram a nova pandemia.
4. Paradoxo da viagem no tempo: o Pégaso terá cura?
Em algum momento da vida, todo mundo já pensou: “Eu não devia ter feito isso!”. E, ao pensar nisso, imagina como estaria o mundo se o caminho certo tivesse sido tomado anteriormente. Seria muito mais fácil resolver isso se pudéssemos voltar no tempo e é isso que a primeira temporada nos propõe: “voltar no tempo para parar o vírus antes que ele sofra a mutação”.
Na linha do tempo original isso não acontece. O vírus Pégaso existe e está dizimando a humanidade. Porém, a proposta de Pedro e dos cientistas que supostamente enviaram ele para o ano de 2022 é de que a mutação seja parada antes mesmo de começar. E nisso entramos nos famosos paradoxos das viagens no tempo.
Se os planos funcionarem e o Pégaso for parado antes de existir: como os cientistas do futuro vão saber que precisam pará-lo para fazer com que Pedro Roiter volte no tempo e consiga realizar esse ato?
5. O que aconteceu com Maria?
Na pergunta número 1, nós queremos saber o que aconteceu com Elisa naquele aeroporto. Mas também precisamos saber o destino de Maria Cristina Borges. Se a psiquiatra tiver conseguido aplicar o plasma de Pedro e evitar a mutação do Pégaso, será que ela conseguiu ir até Madri para encontrar a irmã de Elisa?
Por outro lado, o que pode ter acontecido com ela (sendo a Paciente Zero) se os planos de cura tiverem dado errado? Será que a própria Maria Cristina também é uma constante nas linhas do tempo de Elisa?
……
Paciente 63 é uma série envolvente e recomendada para qualquer pessoa que goste de ficção científica, fantasia e mistério. Lembre-se: a superprodução protagonizada por Mel Lisboa e Seu Jorge terá sua segunda temporada disponibilizada no dia 8 de fevereiro (terça-feira). O podcast de ficção científica é uma produção original do Spotify.
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