ATENÇÃO: POSSÍVEIS SPOILERS À FRENTE!
Misturando um drama familiar com muita ação, Justiça em Família (Sweet Girl) foi lançado nos últimos dias pela Netflix, contando com o astro Jason Momoa em um dos papéis principais.
A trama, desenvolvida pela dupla Gregg Hurwitz e Philip Eisner, tem nuances muito interessantes, uma atmosfera divertida e uma direção eficiente, que transforma a narrativa significativamente com suas reviravoltas.
Saiba mais sobre o longa-metragem lendo nossa crítica completa!
Justiça em Família: performances do elenco principal são decisivas para o sucesso do filme
Apesar de não apresentar nenhuma novidade no aspecto geral do gênero de ação, o filme com Jason Momoa é bastante ágil naquilo que se propõe. Conhecido por diversos papéis nos quais sempre representa uma figura extremamente forte e rude, dessa vez o ator é visto em uma posição mais emocional em meio a todas as sequências arrepiantes.
(Netflix/Reprodução)Fonte: Netflix
Assim, o público conhece um pouco mais um homem chamado Ray Cooper, que busca vingança contra a empresa farmacêutica que provocou a morte de sua esposa. Junto dele, está Rachel (Merced), sua filha adolescente; talvez ela seja o único laço afetivo que ele ainda cultiva em sua vida.
Nesse sentido, a direção de Brian Andrew Mendoza, que apesar de apostar em um tom melodramático, consegue justificar certas ações em meio a enquadramentos complexos, que colocam, justamente, os personagens principais em posições ativas, ou seja, são eles que comandam seus respectivos destinos.
Em meio a essa construção estilística, o filme apresenta diversas pistas falsas para os espectadores durante o desenrolar da narrativa. Há diversas questões que surgem na tela sem muita profundidade, mas que são essenciais em um contexto geral dos acontecimentos.
Com isso, é notável perceber como o entrosamento entre Ray e Rachel é o ponto-chave da produção, que aposta todas as suas fichas nessa relação de um jeito muito cativante.
Com expressões bem-marcadas e diálogos surpreendentes, o carisma de Momoa se contrasta ao de Merced e, juntos, os dois são vistos de uma forma bastante convincente na maioria das cenas.
Os espectadores poderão se pegar, a todo momento, torcendo para que o plano vingativo dê certo, mesmo que as consequências a longo prazo possam ser catastróficas. São performances cruas e realistas, que evocam grande sensibilidade de ambos.
Outro ponto de destaque são as cenas de ação, que, de alguma maneira, foram milimetricamente orquestradas em suas coreografias e montagem. Há diversas acrobacias, perseguições e corridas, que são elevadas a um nível bastante satisfatório, sobretudo, com o auxílio da trilha sonora. O ritmo frenético é bem administrado pela direção e, por meio de cortes alternados, a sensação de tirar o fôlego consegue invadir os espectadores com facilidade.
(Netflix/Reprodução)Fonte: Netflix
Com o bom trabalho de Barry Ackroyd, que assina a direção de fotografia do projeto, a atmosfera realista passa por suas lentes com grande plenitude, mostrando como, apesar de bem coreografadas e executadas, as sequências de ação foram também muito bem filmadas por meio de seu olhar cuidadoso.
Curiosamente, esse é o primeiro trabalho em longa-metragem do diretor Brian Mendoza. Atuando principalmente como produtor cinematográfico, sua estreia nessa posição evidencia seu cuidado ao escolher as melhores formas de se contar uma história, o que deve ser aprimorado ainda mais com o passar do tempo.
Portanto, Justiça em Família é um filme divertido e que cumpre muito bem a promessa inicial. A obra consegue levar aos espectadores algo que entretém e também faz surgir sentimentos durante a projeção.
Já conferiu essa produção na Netflix?
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