Mulher-Maravilha: filme foi dominado por divergências criativas

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Imagem: IMDb/Reprodução

Patty Jenkins foi responsável por comandar o primeiro filme de HQ focado em uma personagem feminina quando lançou Mulher-Maravilha em 2017, mas a situação nos bastidores não foi muito tranquila. A cineasta conversou sobre o processo de produção no podcast WTF e falou sobre as discussões que teve com os produtores da Warner.

“Eles queriam me contratar para trabalhar como um homem; eles queriam que eu andasse pelo set como mulher, mas eram a história e a visão deles que deveriam ser filmadas”, comentou Jenkins. “E minhas ideias? Eles nem queriam ler meu roteiro. Havia muita desconfiança em uma maneira diferente de fazer as coisas e um ponto de vista diferente [do deles]”.

As primeiras conversas para fazer um grande filme da Mulher-Maravilha aconteceram em 2004, mas somente em 2007 o estúdio decidiu investir na ideia. Na época, Christopher Nolan estava trabalhando em Batman: O Cavaleiro das Trevas e o MCU não existia.

“Eles estavam nervosos porque não era viável... Estavam assustados com todos os filmes de super-heroínas que falharam, e Christopher Nolan estava trabalhando em Cavaleiro das Trevas, então eu acho que eles estavam apenas tentando descobrir o que fazer com a DC naquela época”.

Patty Jenkins, Chris Pine e Gal Gadot nos bastidores de Mulher-Maravilha Gal Gadot, Chris Pine e Patty Jenkins nos bastidores de Mulher-MaravilhaFonte:  IMDb/Reprodução 

“Mesmo quando fui chamada [pela primeira vez] para dirigir Mulher-Maravilha, eles [ouviam minhas ideias e] diziam coisas como ‘Ok, mas vamos fazer de outra forma’. Eu estava tentando dizer ‘As mulheres não querem vê-la sendo dura e violenta e cortando a cabeça das pessoas... sou fã da Mulher-Maravilha, não é isso que estamos procurando’”.

Em 2011, Jenkins foi contratada para dirigir o filme, mas acabou abandonando o projeto por divergências criativas. Então aceitou comandar Thor: o Mundo Sombrio, mas deixou a produção pelo mesmo problema. Uma segunda oportunidade, dessa vez com mais liberdade para comandar o projeto, resultou no filme da super-heroína de 2017, ainda com divergências internas.

“Durante esse período, havia tantos roteiros que eu podia ver os sinais de fracasso”, disse Jenkins. “Essa foi uma guerra interna em todos os níveis sobre o que a Mulher-Maravilha deveria ser”.

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