Atenção! Este texto contém spoilers de O Diabo de Cada Dia.
A Netflix adicionou nesta quarta-feira (16) seu novo filme, O Diabo de Cada Dia. Adaptado do romance homônimo de Donald Ray Pollock, o longa fala sobre as consequências do exagero da fé e, assim como no material original, possui uma trama muito densa e angustiante.
Com um elenco estelar formado por Tom Holland, Robert Pattinson, Bill Skarsgård, Haley Bennett, Riley Keough e Sebastian Stan, o filme chamou a atenção do público e dos críticos, que têm falado sobre a história e, em especial, sobre a maneira como o longa acaba.
O diretor Antonio Campos conversou com o GamesRadar, que comentou as escolhas para o final do filme e sobre as mudanças em relação ao livro.
Tom Holland.Fonte: IMDb/Reprodução
“A última linha do livro é: "Se ele tivesse sorte, alguém lhe daria uma carona”, lembrou Campos. “Mas sentimos que queríamos dar um passo adiante, ver o que acontece no carro e o que ocorre quando Arvin (Holland), que está tendo essa série insana de dias, senta e pode respirar por um momento. Onde sua mente o leva? Queríamos tentar usar essa [cena final] como uma forma de dar um final um pouco mais esperançoso. Obviamente, não é um final feliz, mas tem potencial para algo. Queríamos terminar com uma nota que nos desse o potencial para algo melhor para Arvin”.
“Sentimos que o outro ingrediente-chave era a guerra”, continuou o diretor. “A guerra é mencionada ao longo do livro e é semelhante a como as pessoas falam sobre isso no filme — é uma espécie de pano de fundo. Mas sentimos que deveríamos realmente trazer para o filme o ponto que essa história é contada entre duas guerras — que essa é a história de alguém que está voltando traumatizado da guerra, está potencialmente indo para outra e experimentará o mesmo trauma. Então, a [cena no] carro nos permitiu fazer tudo isso”.
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