Denis Villeneuve, diretor do remake de Duna, concedeu uma entrevista remota ao Festival Internacional de Cinema de Xangai. Em destaque, ele comentou as dificuldades que está enfrentando para finalizar o longa por conta da pandemia de covid-19.
“Duna foi feito de uma maneira incomum. Primeiro, realizei as filmagens principais e depois editei essa parte. Assim, planejava voltar a gravar cenas adicionais mais tarde”, conta o cineasta canadense. “Este tempo era um luxo que eu tinha. Então, o vírus chegou aos Estados Unidos quando estávamos prestes a retomar as gravações”.
Diretor Denis Villeneuve e o ator Javier Bardem nos bastidores do filme.Fonte: IMDb/Divulgação
Duna tem estreia mundial agendada para 18 de dezembro deste ano. Desta forma, com o prazo apertado, Villeneuve revelou que irá trabalhar bastante nos próximos meses para conseguir entregar o filme a tempo.
“Estamos autorizados a voltar a gravar as cenas adicionais nas próximas semanas”, comenta. “Entretanto, tenho que finalizar essa parte das gravações em Los Angeles, enquanto as equipes de efeitos visuais e de edição estão em Montreal”.
Em Duna, o ator norte-americano Timothee Chalamet será o protagonista Paul Atreides.Fonte: IMDb/Divulgação
Dificuldades com o trabalho remoto
Em outra parte da entrevista, Villeneuve explica que gerenciar uma produção de maneira remota está sendo uma experiência negativa. De certa forma, isso tem impactado no relacionamento dele com o editor Joe Walker.
“Para mim, a grande lição é que pensei que seria possível realizar a edição à distância, compartilhando arquivos com o editor”, declara o diretor. “Contudo, percebo que a edição é como tocar uma música com alguém, os dois precisam estar na mesma sala”.
Destacando a importância do processo de edição, o cineasta diz que a falta interação de humana é algo doloroso. Por fim, em tom de brincadeira, ele conclui que Walker está sendo seu psiquiatra por ajudá-lo a lidar com a ansiedade nos bastidores.
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