Gradualmente, após meses fechados por conta da covid-19, os cinemas europeus estão reabrindo, mas as grandes redes ainda estão preocupadas com a série de adiamentos em Hollywood.
Segundo o portal norte-americano Variety, diversas empresas contavam com a estreia de Tenet e Mulan para recuperar o fôlego depois de tanto tempo paradas. Contudo, as alterações nas datas de lançamento estão atrapalhando os planos dos exibidores.
Tenet era uma das estreias mais aguardadas de 2020.Fonte: IMDb/Divulgação
Apesar de a Europa ter uma enorme indústria cinematográfica, são os blockbusters de Hollywood que enchem as salas no verão local — o número de produções norte-americanas em cartaz na França, por exemplo, sobe para 70% no período. "Se não houver estreias nos próximos meses, redes de cinemas podem deixar de existir", declarou o representante de uma companhia à Variety. "Parece que esqueceram que até 80% da bilheteria da maioria das produções vêm de fora dos Estados Unidos".
Do outro lado, as estreias estão sendo reorganizadas conforme a situação da covid-19 nos EUA. Isso porque há um receio de que não tenha público na reabertura das salas no Texas, na Flórida e na Califórnia, que são os principais mercados locais.
Ainda de acordo com a Variety, os estúdios consideraram a possibilidade de lançar os filmes nos mercados europeu e asiático antes do norte-americano. No entanto, a preocupação com a pirataria faz com que Hollywood não se sinta confortável com isso.
Na reabertura da China, O Primeiro Adeus lidera as bilheterias.Fonte: IMDb/Divulgação
A reabertura na China
Após uma breve tentativa em março, os cinemas na China reabriram oficialmente nesta segunda-feira (20). Segundo o The Hollywood Reporter, houve uma movimentação tímida e a estreia de apenas um longa-metragem nacional. Em todo o país, a arrecadação de ingressos foi de US$ 475 mil, e o drama chinês O Primeiro Adeus liderou as bilheterias, faturando US$ 186 mil.
Para o retorno das atividades chinesas, foram impostas regras de segurança e saúde de acordo com as quais espaços funcionam com 30% da capacidade e há redução de 50% no número de sessões diárias.
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