Desde quando a pandemia do novo coronavírus começou a se espalhar pelo mundo, os estúdios se viram obrigados a adiar os seus lançamentos. Com a maioria das salas fechadas no mundo todo, um dos primeiros afetados foi a adaptação de Artemis Fowl, que irá estrear diretamente no Disney+. E com situação ainda incerta, a Disney pode começar a recorrer cada vez mais ao streaming.
Bob Chapek, CEO da empresa, reconheceu que a plataforma pode ser uma saída mais simples para os negócios a curto prazo. Durante uma entrevista recente, ele comentou que, embora os cinemas sempre tenham sido importantes para a Disney, o momento atual é de mudanças.
“Acreditamos muito no valor da experiência dos cinemas em geral para grandes filmes”, disse Chapek. “Mas também percebemos que, seja pela evolução da dinâmica do consumidor ou por causa de situações como a da covid-19, podemos ter que fazer algumas alterações nessa estratégia”.
'Artemis Fowl' foi o primeiro filme da Disney a passar do lançamento nos cinemas, direto para o streamingFonte: IMDb/Reprodução
A fala de Chapek vem na mesma semana que o Disney+ atingiu 54,5 milhões de assinantes em todo o mundo. São 4,5 milhões a mais apenas no último mês, o que tem feito da plataforma de streaming uma opção viável para a empresa, que se viu obrigada a fechar seus parques temáticos ao redor do mundo.
A empresa também precisa lidar com a incerteza sobre o retorno às produções que foram interrompidas pela covid-19. Embora ainda não seja possível saber quando as equipes voltam aos estúdios, e quando isso ocorrer, haverá novos regulamentos de segurança.
“Não temos projeções de exatamente quando podemos fazer isso, mas seremos muito responsáveis em termos de máscaras e do mesmo tipo de procedimentos que esperamos implementar em nossos parques”, disse Chapek.
Os próximos filmes da Disney previstos para estrear nos cinemas são Mulan, no dia 24 de julho e Viúva Negra, no dia 29 de outubro.
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