Ações da Netflix disparam com novos assinantes e coronavírus

A pandemia do novo coronavírus, que gerou o fechamento de diversos estabelecimentos e campanhas de isolamento social, fez as ações da Netflix dispararem nas últimas semanas. Isso indica que o serviço de streaming tem sido uma das alternativas mais frequentes de passatempo de quem está em casa — e que os investidores estão animados com a possibilidade de mais gente recorrer à plataforma.

De acordo com a Variety, as ações da Netflix fecharam em US$ 413,55 por unidade nesta terça-feira (14), o que totalizou a capitalização da companhia em US$ 181 bilhões. Ao todo, em relação ao mesmo período de 2019, a cotação já aumentou em 28%.

Esse é o maior valor atingido pela companhia desde 9 de julho de 2018, quando as ações bateram o recorde histórico da empresa. Naquele momento, elas chegaram a US$ 418,97. Os ganhos da Netflix para o primeiro trimestre do ano serão divulgados em detalhes no dia 21 de abril e devem trazer boas notícias para executivos e acionistas.

Solução para a quarentena

O aumento não seria apenas pelo consumo em maior escala, mas também porque a plataforma tem sido bem sucedida em atrair novos assinantes, ou seja, pessoas que não eram membros pagantes ou haviam cancelado o streaming antes da pandemia. A companhia teve no mínimo dois sucessos absolutos nas últimas semanas: o filme "O Poço" e a série documental "A Máfia dos Tigres".

Em paralelo, a Netflix anunciou ontem (14) que vai doar R$ 5 milhões para trabalhadores do audiovisual no Brasil, parados por causa da pandemia. Ela também já lançou lives em parceria com o Instagram sobre saúde mental e garantiu ter novos conteúdos prontos para estrear, mas pausou todas as gravações. Anteriormente, para garantir o andamento dos serviços, ela anunciou uma redução na qualidade de transmissão em vários países para aguentar a nova demanda.