A Playboy anunciou que está encerrando a sua edição impressa nos Estados Unidos, passando a investir somente em sua versão digital no país. A revista que chega às bancas norte-americanas esta semana, na edição de Primavera, será a última em papel da tradicional publicação.
O curioso por trás desta decisão é que a pandemia do Coronavírus teve uma certa parcela de culpa na opção da empresa por não investir mais na sua versão impressa, ao afetar a cadeia de suprimentos necessários para a impressão da revista e também atingir a produção de conteúdos.
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Segundo o CEO da Playboy Ben Kohn, a interrupção provocada por todos os acontecimentos em relação à Covid-19 fez com que a companhia acelerasse o processo de transformar o produto impresso nos EUA para atender melhor os desejos do consumidor atual, algo que já vinha sendo discutido internamente.
Hugh Hefner, ao centro, criou a Playboy na década de 1950.Fonte: Wikimedia Commons
Com isso, a revista decidiu investir de vez em sua versão online: “Vamos passar para uma programação de publicação digital para todo o nosso conteúdo”, disse o executivo. Porém, não ficou claro se a mesma medida será tomada em outros países nos quais a publicação está presente atualmente — no Brasil, ela foi encerrada em 2017.
Queda nas vendas
Criada em 1953 por Hugh Hefner, a revista focada no público masculino chegou a ter 5,6 milhões de unidades vendidas na década de 1970, número que caiu para cerca de 800 mil, atualmente. Esta grande diminuição na circulação da publicação geralmente é associada com a popularização da internet, facilitando o acesso aos conteúdos publicados por ela.
No Brasil, a Playboy foi publicada regularmente em formato impresso entre os anos de 1975 e 2015, pela Abril. Em 2016, ela retornou por meio da PBB Entertainment, saindo a cada dois meses e depois trimestralmente, até 2017, quando ela encerrou a sua presença no país com a edição nacional.
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