Depois de James Dean, que será recriado digitalmente utilizando efeitos visuais de computação gráfica (CGI) para participar do filme Finding Jack, outros artistas falecidos podem retornar às telonas por meio da tecnologia para estrelar novas produções.
A Worldwide XR, empresa responsável pelo “James Dean 2.0”, detém os direitos de mais de 400 celebridades, entre atores, músicos, atletas e figuras históricas, que podem ser recriados digitalmente para aparecer em filmes ou projetos de realidade virtual, de acordo com a Variety.
Segundo a publicação, fazem parte do portfólio da companhia nomes como Bette Davis, estrela dos filmes A Malvada e O que Terá Acontecido a Baby Jane?, falecida em 1989, e James Stewart, morto em 1997, que protagonizou os longas Festim Diabólico, Janela Indiscreta e O Homem que Sabia Demais, de Alfred Hitchcock.
Outros famosos que também podem ressuscitar digitalmente pelas mãos da empresa são Betty Page, Lana Turner, Ingrid Bergman, Burt Reinolds, Dizzy Gillespie, Maya Angelou, Jerry Garcia, Rock Hudson, Aaliyah e Lou Gehrig. Até o eterno intérprete do Super-Homem, Christopher Reeve, está na lista.
Uso do CGI é criticado em Hollywood
A utilização das imagens geradas por computador para trazer de volta aos cinemas algumas estrelas falecidas não repercutiu bem. Após o anúncio de que James Dean seria “ressuscitado” pela tecnologia para o filme sobre a Guerra do Vietnã, muitos profissionais usaram as redes sociais para criticar a prática.
Entre os críticos do CGI está o ator Chris Evans, o Capitão América, que usou seu perfil no Twitter para ironizar a escolha: “Tenho certeza que ele iria adorar. Isso é horrível! Quem sabe a gente não consiga que um computador pinte um novo quadro de Picasso ou componha algumas músicas novas do John Lennon. A falta de compreensão é vergonhosa”.
Zelda Williams, Elijah Wood, Devon Sawa e Julie Ann Emery foram outros que se mostraram contrários ao uso da computação gráfica.