Disney+ não trará todos os filmes do estúdio em seu catálogo

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Faltando menos de uma semana para o lançamento do Disney+ nos Estados Unidos, mais informações sobre o serviço estão sendo divulgados para a imprensa e público. A novidade agora é relacionada a filmes mais controversos e como eles seriam apresentados dentro do serviço e a resposta parece bem simples: eles não estarão no Disney+.

O canal CNBC fez uma checagem dos títulos que serão disponibilizados no Disney+ e o mais notório a ficar de fora é "A Canção do Sul", longa de 1946 que mistura atores com animação e é bastante criticado pela sua representação de estereótipos racistas. A Disney já confirmou que o filme, que nunca recebeu distribuição em home video nos Estados Unidos, não será disponibilizado dentro do serviço.

Fonte: Disney/Divulgação

Além disso, a empresa confirmou que alguns filmes que estarão no Disney+ terão algumas cenas editadas para evitar possíveis polêmicas, já que apresentam "comportamento e pensamentos antiquados". Um exemplo disso é a versão de "Dumbo" que estará no serviço de streaming e que terá todas as cenas com o Jim Crow, uma caricatura racista usada no filme, completamente editadas dele.

Outros filmes, como "Toy Story 2", também terão cenas removidas. O filme da Pixar em particular terá a edição de uma cena que serve como "erros de gravação" e que é exibida nos créditos do longa, em que um dos personagens, Stinky Pete, vê duas Barbies e oferece um papel no próximo Toy Story, fazendo alusão ao famigerado "teste do sofá", algo que se tornou centro de denúncias nos últimos anos sobre o abuso sexual realizado por executivos de Hollywood.

Filmes da Disney fora do Disney+

Quando a Disney anunciou seu próprio serviço de streaming, todos acreditaram que ele contaria com toda a extensa biblioteca de filmes e séries do estúdio, mas não será o caso. Longas como "Viva: A Vida é Uma Festa", a versão com atores de "A Bela e a Fera", "O Rei Leão" e "Aladdin", assim como várias adaptações da Marvel não estarão no catálogo do Disney+ por problemas de licenciamento.

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Parece absurdo, mas antes de ter pensado em criar seu próprio serviço de streaming, o estúdio fechou contrato com outras empresas, como Starz, Netflix e Amazon, para disponibilizar seus filmes e séries por vários anos. Agora, esses contratos ainda estão vigentes e impedem que a Disney utilize seu próprio catálogo no seu streaming.

Isso deve eventualmente ser resolvido, com os contratos não sendo renovados, mas, por um bom tempo, o Disney+ será um pouco mais limitado do que se esperava. O serviço chega ao Brasil apenas em novembro de 2020.

Fontes

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