A Netflix acredita que a chegada de novos concorrentes não afetará seu crescimento. A empresa declarou que Disney+ e Apple TV+ devem representar um "vento modesto para o crescimento de curto prazo [da empresa]".
O depoimento vem em um momento complicado para a gigante do streaming, que teve crescimento abaixo do esperado para o terceiro trimestre nos Estados Unidos. Mesmo assim, fechou o período com 6,7 milhões de novos assinantes, dos quais 500 mil apenas no país-sede. A expectativa era conseguir 7 milhões de usuários, porém a Netflix não vê o número atual como um impacto das concorrentes.
A empresa diz que os serviços de streaming lutam contra a TV, e não entre si: "Muitos estão focados nas 'guerras de streaming', mas estamos competindo com streamers [Amazon, YouTube, Hulu] e com a TV linear há mais de 1 década. A chegada de serviços como Disney+, Apple TV+, HBO Max e Peacock aumenta a concorrência, mas somos todos pequenos em comparação com a TV linear".
Crescimento consistente
Mesmo com o crescimento aquém do esperado em número de assinantes, a Netflix viu sua receita subir 31% em relação a 2018. Essa variação entre assinantes e lucros pode estar relacionada aos novos valores de assinatura, já que o plano padrão passou de US$ 10,99 para US$ 12,99 por mês.
Uma das principais preocupações para os investidores da Netflix são os novos concorrentes. Em novembro, chegam ao mercado os serviços de streaming da Disney e da Apple, custando US$ 6,99 e US$ 4,99 por mês, respectivamente. Além desses, HBO Max, da WarnerMedia, e Peacock, da NBCU, devem estrear em 2020.
"O lançamento desses novos serviços será barulhento", disse a Netflix. "Pode haver alguma redução moderada do nosso crescimento no curto prazo, e tentamos incluir isso em nossa orientação. A longo prazo, porém, esperamos que continuemos a crescer bem, dada a força de nosso serviço e a grande oportunidade de mercado", concluiu.
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