Os estúdios Walt Disney usarão uma inteligência artificial para mapear a diversidade de gênero das suas próximas produções. A gigante do entretenimento fechou uma parceria com o Instituto Geena Davis de Gênero na Mídia para utilização de um software de mapeamento dos roteiros e identificar se a participação de homens e de mulheres está equivalente.
GD-IQ: Spellcheck for Bias (Análise de discurso em busca de viés, em tradução livre) é uma ferramenta do instituto da atriz e ativista Geena Davis criado em parceria com a Universidade do Sul da Califórnia, a Escola Viterbi de Engenharia. Ao rodar todo o texto de um script, ele é capaz de identificar a participação de homens e de mulheres e verificar se é representativa de determinado grupo populacional. O recurso pode ainda ser usado para monitorar a presença de personagens LGBTQ+, negros e outros grupos que aparecem em minoria nos filmes e nas séries, bem como contar seu número de falas.
A novidade foi anunciada durante um seminário sobre o poder da inclusão, Power of Inclusion Summit, na Nova Zelândia. "Eles [Disney Studios] são nossos parceiros-piloto e nós vamos colaborar com a Disney ao longo do próximo ano, usando essa ferramenta para ajudar na tomada de decisões, identificação de oportunidades para aumentar a diversidade e inclusão nos manuscritos que recebem", disse a atriz de Thelma & Louise (1991) e da série Glow.
O objetivo é ajudar os próprios roteiristas a identificarem mais claramente a forma como estão retratando determinadas figuras e reproduzindo estereótipos. Para a Disney, o recurso será útil para avaliar o índice de igualdade de gênero para aprovar ou não um roteiro.
Aumentar a representatividade e diversidade de papéis femininos é um objetivo do Instituto Geena Davis e uma das bandeiras da própria atriz há mais de 15 anos, desde que sua filha nasceu.
Fontes
Categorias