A série Call of Duty Modern Warfare começou de uma forma bastante pé no chão, mas com suas sequências, acabou seguindo o caminho mais “Hollywood” possível. Com a nova versão de Modern Warfare servindo como uma reimaginação, a Infinity Ward e Taylor Kurosaki, diretor de narrativa do game, tentaram trazer de volta o clima de realismo para os temas tratados.
Em evento realizado em Londres pela Activision, pudemos conversar com Taylor Kurosaki, o diretor de narrativa da reimaginação de Call of Duty: Modern Warfare e ele contou sobre a necessidade de trazer a série de volta às suas origens mais realistas e o processo de criação da nova trama.
Um conflito que poderia estar sendo acompanhado nos jornais
Kurosaki contou que apesar de todos gostarem bastante da trilogia original de Modern Warfare, a história chegou a um ponto que não era mais possível avança-la. Apesar de o primeiro jogo ainda ser mais realista, mesmo com o uso de uma bomba atômica, suas sequências começaram a se tornar muito fantasiosas, tendo até mesmo uma invasão nos Estados Unidos.
Por conta disso, existiu uma necessidade desde o início de tentar apresentar uma história que, apesar de cinematográfica, também fosse bastante inspirada em conflitos que vemos diariamente nos jornais.
A escolha de um país fictício, guerrilheiros e soldados que precisam decidir quais são os limites de suas ações é algo que foi pensado pela equipe por trás da história de Modern Warfare para colocar o jogador em situações que mostram as difíceis decisões que precisam ser tomadas no campo de batalha.
“O que nós tentamos fazer com Modern Warfare é evitar uma história de heróis e vilões e sim de pessoas, que vivem um mundo que trafegam entre o bem e o mal, dependendo das ações que precisam tomar, dentro daquilo que acreditam ser o certo”, comentou Kurosaki.
Ele também disse que a equipe tentou ao máximo fazer com que até mesmo aqueles que podem ser considerados mostrassem um ponto de vista que, para eles, suas ações também são as corretas. Dessa forma, eles podem fugir do já conhecido esquema de “sou malvado porque quero”.
Experiência e realismo, mas com gostinho de espetáculo
Kurosaki também comentou a importância do trabalho de consultoria dos ex-Navy SEALS Steve Sanders e Mitch Hall. O diretor de narrativa disse que eles criavam situações e diálogos para o jogo e os enviavam para os consultores.
Do seu lado, os consultores muitas vezes vetavam por ser inverossímil até para um videogame, trazendo alternativas que tornavam a narrativa mais realista, mas ainda fosse divertido para o jogador.
Taylor disse que o desejo de todos da equipe foi não só criar uma história grandiosa, mas seguir o desenvolvimento dos personagens desde os primeiros momentos do jogo. Isso seria traduzido na forma de um arco mais definido para os soldados, que passam a não ser apenas peões no jogo e se tornariam protagonistas com quem o jogador possa se identificar.
Quando questionado sobre possíveis polêmicas, como a missão No Russian, de Call of Duty: Modern Warfare 2, Kurosaki revelou que a trama terá momentos em que o jogador precisará responder se deve passar do limite em que poderia ser punido pelo exército ou visto como um terrorista, para tentar alcançar seu objetivo de um bem maior.
O diretor de narrativa não quis entrar em detalhes se esses momentos levarão em consideração as escolhas do jogador ou se serão predeterminados, mas parece existir uma missão do time da Infinity Ward de tornar Modern Warfare algo ainda mais icônico que sua primeira versão.
Call of Duty: Modern Warfare será lançado para PC, Xbox One e PS4 no dia 25 de outubro.
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