Revelado no mês passado, o serviço de streaming de games da Google, o Google Stadia, deve consumir um mínimo de 10 Mbps para download e 1 Mbps para upload para ter jogatinas com resolução de 720p a 60 quadros por segundo e som estéreo. Só que para curtir a experiência completa com 4K, vídeo com alcance dinâmico e Surround 5.1, são necessários pelo menos 35 Mbps. E isso é o que mais preocupa os futuros assinantes.
A Gigante de Mountain View tem noção dos feedbacks e o vice-presidente Phil Harrison falou sobre o assunto ao Gamespot. Para ele, as operadoras terão um importante papel no mercado de transmissão de conteúdo nos próximos anos porque, afinal, é um setor que depende bastante de melhorias de rede e nos aumentos dos próprios pacote de dados oferecidos.
Fonte: Gamerview/Reprodução
“As operadoras têm um forte histórico de estar à frente da tendência do consumidor e se você observar a história dos limites de dados nesses pequenos números de mercado — e é, na verdade, um número relativamente pequeno de mercados com limites de dados — a tendência ao longo do tempo, especialmente nos primeiro dias quando a transmissão e o download de músicas se tornaram populares e não eram necessariamente legítimos, os limites de dados aumentaram. Depois, com a evolução da transmissão de TV e filmes, as franquias aumentaram ainda mais e esperamos que continue assim.”
Esperança é que o 5G também ajude o Google Stadia
Parte dessa preocupação de quem se interessou em pagar pelo serviço diz respeito à possibilidade do Google Stadia funcionar em conexões móveis. Harrison também aposta em uma boa resposta da infraestrutura das operadoras para entregar uma boa experiência em celulares, principalmente por conta da chegada do 5G.
"Há uma dinâmica muito interessante acontecendo no mercado da Internet, que é a evolução do 5G, especialmente no chamado wireless fixo, que não está necessariamente rodando 5G no seu celular, mas traz o 5G para sua casa. Todos os 5G fixos e sem fio ativos que conheço não têm limite de dados e possuem desempenho muito alto, introduzindo uma dinâmica competitiva a US$ 50 (R$ 192) por mês. Isso é o que a Verizon cobra para mínimo de 300 Mbps até 1 Gbps. É um bom valor para mim.”
Phil Harrison. Fonte: CNet
Além disso, mesmo em 4G, os “engasgos” de resolução nas telas menores de smartphones não chegam a atrapalhar tanto quanto em uma TV — o importante é que não haja atraso na jogabilidade. Harrison está ciente da oscilação que as conexões podem trazer e afirma que o Google Stadia não precisará sempre de 35 Mbps para jogos 4K a 60 quadros por segundo.
“Vi os cálculos matemáticos que as pessoas fizeram. Se você pegar 35 Mpbs, nem sempre são 35 Mbps porque usamos compactação. Às vezes, haverá menos dados do que isso, então não é correto multiplicar 35 Mpbs pelo número de segundos que você joga.”
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