O Universo Cinematográfico da Marvel não é mais o mesmo após "Vingadores: Ultimato". Esse é o fim de uma jornada, a conclusão de uma saga e a despedida de personagens que aprendemos a amar e a torcer nos últimos 11 anos.
E, apesar de tantas teorias e especulações sobre como "Endgame" solucionaria o estalar de dedos de Thanos, podemos dizer que ainda não estávamos preparados para montanha-russa de emoções que o 22º filme do MCU proporciona.
O longa-metragem, comandado novamente pelos irmãos Russo (de "Soldado Invernal", "Guerra Civil" e "Guerra Infinita"), equilibra com incrível maestria uma quantidade absurda de personagens, respeitando narrativas individuais e a evolução de cada herói, sem perder de vista a "Jogada Final" contra o vilão Thanos.
(Fonte: Marvel Studios/Divulgação)
A missão, vale dizer, é bem mais complicada do que parece: os diretores não estão apenas reunindo dezenas de super-heróis em um grande épico de ação mas também encerrando tramas e histórias apresentadas em outros 20 filmes (sem falar nas séries de TV!).
Vingadores unidos
É claro que, mesmo com as 3 horas de duração (que passam em um estalar de dedos), "Vingadores: Ultimato" não consegue dar atenção para todos os personagens, e algumas figuras queridas do público aparecem apenas em pequenas pontas ou participações especiais; mas os fãs não vão se decepcionar.
A Santa Trindade da Marvel, formada por Homem de Ferro, Capitão América e Thor, continua liderando a ação e arrancando as reações mais acaloradas do público — porém outros heróis têm a chance de brilhar nessa produção.
Como prometido pelo estúdio, Gavião Arqueiro e Homem-Formiga (ausentes em "Guerra Infinita") têm papel fundamental em "Ultimato", assim como o Gigante Esmeralda Hulk e a Viúva Negra, responsáveis por “reunir a turma” no combate ao Titã Louco.
Os Vingadores originais contam ainda com a ajuda de alguns novatos, incluindo a poderosa Capitã Marvel e a mecânica Nebulosa, que representam, por assim dizer, o “supertrunfo” e a carta coringa do baralho.
História do MCU revisitada
Sem contar spoilers, o roteiro de "Vingadores: Ultimato" envolve toda a história do Universo Marvel, e não apenas a Saga das Joias do Infinito. Há tempo e espaço para relembrarmos acontecimentos do passado do MCU que incitam a nostalgia dos fãs e promovem o encerramento de narrativas de alguns super-heróis.
O mote prepara o público para despedidas, como qualquer mortal poderia imaginar, mas há surpresas e reviravoltas inesperadas que os diretores Anthony e Joe Russo conseguiram espertamente preparar (e guardar segredo!) nessa produção.
O humor característico da Marvel também está presente, de maneira inteligente e pontual, especialmente na primeira metade do filme, durante o reencontro do heróis. Já o sentimento de urgência, perigo e tragédia toma conta do ato final.
(Fonte: Marvel Studios/Divulgação)
Além disso, "Vingadores: Ultimato" faz um grande serviço aos fãs da Marvel Comics, com múltiplas referências e homenagens às histórias em quadrinhos, reaproveitando momentos icônicos de diferentes eras em meio à narrativa cinematográfica.
A produção não deixa de ter seus tropeços e paradoxos, e muitos espectadores devem sair das sessões procurando furos de roteiro ou questionando justificativas implausíveis para as ações apresentadas. Entretanto, o filme apresenta uma boa (ainda que não ideal) explicação para suas próprias regras espaço-temporais envolvendo o reino quântico.
O mais curioso, porém, será descobrir como o Universo Cinematográfico da Marvel vai continuar depois de "Vingadores: Ultimato". Se este foi o fim da Saga do Infinito (e, pode ter certeza, "Homem-Aranha: Longe de Casa" será “vendido” como um bônus), como o estúdio poderá dar sequência ao MCU após esses eventos e iniciar uma nova fase dos heróis nos cinemas?
Thanos foi realmente “inevitável”, mas será ainda mais difícil superar a jornada que acompanhamos até aqui. O que a Marvel Studios realizou em 20 filmes (e bilhões em bilheteria) não tem precedentes na história do cinema, e mal podemos esperar para ver o que o futuro do MCU nos reserva.
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