Quem nunca sonhou em poder correr mais e melhor? Ser mais forte ou ter a tal visão além do alcance? Isso pode não estar tão distante assim de nós, reles mortais. Até porque, se você já se submeteu a um transplante ou algum tipo de cirurgia de reparação no seu corpo, você estaria nos estágios iniciais do que os estudiosos de bioética chamam de transumanos.
O conceito – transumanismo – já vem sendo discutido e debatido por cientistas ao redor do mundo há algum tempo. Desde 2011, por exemplo, acontece o Fórum Internacional de Bioética, que em 2017 atraiu a atenção de cerca de 130 mil pessoas. Mas o que é isso? O transumano é o caminho do meio, o melhor de dois mundos. É a consciência e o discernimento humanos, aliados à inteligência, à força e à resistência das máquinas.
O resultado disso, de acordo com cientistas, será o supersapiens, a evolução dos seres humanos. Mas, como toda inovação, o resultado nem sempre é o melhor ou traz os resultados esperados. O cinema e a TV mostram isso muito bem! Confira alguns exemplos épicos:
Transumanos
1. Darth Vader
Talvez o mais icônico exemplo de transumano seja Anakin Skywalker. Ainda como Cavaleiro Jedi, ele perde a mão em combate e, no lugar, instala uma prótese robótica. Após sofrer com seus dilemas pessoais, chega a um combate que quase finda sua vida, em "Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith" (2005). Mas eis que, com o uso da tecnologia, da Força e do seu novo Lord, ele consegue sobreviver e se torna Darth Vader: parte humano (se é que podemos chamá-lo assim) e (grande) parte robótica, seguindo os planos de domínio da galáxia, com aquela respiração meio biônica, meio cafeteira.
2. RoboCop
Eis um personagem durão. Alex Murphy é trazido de volta à vida por uma organização privada de controle policial. Como o filme se passa em um futuro distópico, onde o caos predomina, Robocop surge para “salvar” a cidade dos bandidões, com todo o gingado e a malemolência que uma máquina superpesada da década de 80 consegue ter. Porém, aos poucos, o lado humano que havia sido deletado no início da história retorna à cena.
3. Jake Sully (Avatar)
Seres azuis gigantes e brilhantes com caudas com conexão USB. Pouca gente não viu a estreia desse filme, que mistura fantasia e realidade em versão 3D; se você é um desses, corrija isso imediatamente. O longa conta a história de Jake, ex-fuzileiro paraplégico que aceita tomar o lugar do irmão gêmeo em uma pesquisa científica.
Por ter quase o mesmo material genético que o falecido irmão, Jake consegue assumir o avatar e entrar em Pandora, universo onde vivem os Na’vi, que obviamente correm perigo devido à ganância humana. Nosso transumano fica literalmente entre a cruz e a espada, já que se envolve com esses seres azuis.
4. Dr. Will Caster (Transcendence)
Como seria ter uma mente superinteligente? E como seria ter uma mente fantástica e transportá-la para um supercomputador? Os dilemas envolvidos nessa trama colocam o Dr. Will Caster (Johnny Depp) como um ser pensante que aspira a novas possibilidades.
5. Motoko Kusanagi (Ghost in the Shell)
Motoko Kusanagi faz parte de um grupo de forças especiais chamado Seção 9. Com um corpo todo cibernético, seu cérebro busca um lugar no mundo. Ela tem grandes habilidades, como supervelocidade e força sobre-humana, mas uma das suas principais virtudes é poder hackear, com a mente, qualquer base de dados ou outros cérebros que estejam ligados como o dela, ciberneticamente.
6. Max (Elysium)
O longa do diretor sul-africano Neil Blomkamp tem de tudo, até brasileiro no elenco! Max (Matt Damon) nos mostra como é a realidade no século 22. Para conseguir entrar na “área VIP”, destinada somente aos ricassos, ele passa por poucas (ou muitas) e boas, acompanhado de Wagner Moura e Alice Braga, até virar um híbrido, mistura de homem e máquina — o resultado, claro é a perda de seu humor, entre outras coisas, mas o filme segue com direito a desfecho sócio-político-econômico. Vale a reflexão!
Menção honrosa: os anfitriões de Westworld
Aqui vale uma menção honrosa de não-transumanos, mas sim a um grupo de androides que nem sequer desconfiam que possuem essa natureza robótica. Na série da HBO, que foi inspirada em um filme, Teddy (James Marsden) é um dos personagens principais da série: um androide sintético, galã destemido e decidido a proteger a jovem Dolores (Evan Rachel Wood) de assaltantes e malfeitores.
Vários dos "anfitriões", que são as máquinas programadas para receber visitantes em um parque temático do Velho Oeste, começam a despertar quando algumas memórias que haviam sido apagadas retornam, colocando toda a natureza desses seres em dúvida. Os conflitos a cada nova lembrança tornam o personagem cada vez mais imprevisível e quem viu a segunda temporada da série sabe que o conceito vai muito além do que simples máquinas humanoides com uma programação definida.
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