Pois é, competir em grandes campeonatos de eSports no futuro pode se tornar um pesadelo caso as máquinas um dia possam inscrever seus próprios times. Uma inteligência artificial chamada de OpenAI Five conseguiu vencer humanos em uma partida contra um grupo amador de Defense of the Ancients 2 (DotA 2). Para isso, ela precisou de cinco redes neurais trabalhando simultaneamente.
Mas não pense que os computadores não precisam treinar, assim como fazem os conjuntos de carne e osso. Para chegar a esse resultado a OpenAI Five deve simular 180 anos de rodadas contra si mesma diariamente. Isso mesmo que você leu, 180 anos em um dia, para aprender com os próprios erros e acertos.
Obviamente, é necessário também um hardware de respeito para isso. O sistema usa 256 GPUs e 128 mil núcleos de processamento, que usam o Proximal Policy Optimization, um apanhado de códigos que melhora o aprendizado com algoritmos. Com essa programação, a OpenAI Five consegue determinar os objetivos com mais eficiência.
“Usando uma rede separada de memória de longo prazo para cada herói e nenhum dado humano, a OpenAI Five aprende estratégias reconhecíveis. Isso indica que o aprendizado por reforço pode render um planejamento a longo prazo com uma escala grande, mas alcançável — sem avanços fundamentais, contrariando nossas próprias expectativas ao iniciar o projeto”, explicou uma representante do projeto.
Como funciona?
Bem, o OpenAI Five teve sucesso em sete pontos fundamentais para que sua vitória fosse concretizada. A primeira foi realizar um bom trabalho de equipe, aproveitando as características de cada personagem e neutralizando com eficiência as principais peças do adversário. A segunda foi a previsão de valores, que permitiu antecipar as manobras e o impacto das mesmas na partida.
Em seguida, ela teve que aprender a vasculhar a floresta, para encontrar os inimigos que tentaram se esconder atrás das árvores. A máquina precisou também se reposicionar rapidamente e de maneira estratégica, a ponto de conseguir surpreender seus oponentes. Outra atitude chave para a vitória foi se concentrar nas múltiplas habilidades que custam mais para assegurar uma morte inimiga mais valiosa. Em penúltimo lugar, ficou a perseguição, em que a máquina teve que entender como antecipar o movimento dos outros jogadores para prevenir que eles escapassem.
E, finalmente, a OpenAI sacou como criar uma distração, como o sacrifício de um herói para que seu time conseguisse conquistar o objetivo. Tudo isso está devidamente ilustrado e comentado no vídeo abaixo:
Agora, a OpenAI Five segue treinando com uma meta mais ambiciosa: derrotar uma equipe profissional de DotA 2.
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